O ciúme é uma das enfermidades psicológicas mais congênitas.
Quando se nasce com ela, a cura é difícil.
Ela envenena as alegrias mais gratas da vida, derrama fel em cada gota de água, em cada bocado de pão.
O ciúme é odioso quando proveniente de alguém que nos desagrada, mas pode até ser agradável quando demonstra as inquietudes de um enamorado que nos cativou e que assim mostra seu apreço.
Quanto mais zelo patentear, mais amor nos merece.
Os amantes que confiam no ciúme para preservar o seu amor, ou são demasiado ingênuos ou são por demais confiados.
Nenhum estado de ânimo desgoverna tanto o viver do homem quanto o ciúme, posto ser ele flecha envenenada que se crava, simultaneamente, no coração do amante e no orgulho do homem.
As mulheres não gostam do ciúme do homem que não amam, porém lhes desagrada bastante que o homem amado não demonstre algum ciúme.
'Ah, quem me dera.
Ir me contigo agora a um horizonte firme, comum.
Embora amar te.
Ah, quem me dera amar te sem mais ciúmes.
De alguém em algum lugar que nem presumes..
'
Como ciumento sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo de sê lo, porque temo que meu ciúme machuque o outro, porque me deixo dominar por uma banalidade: sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum.
O ciúme é uma eterna característica do amor, vai de você doma lo.
Quem não senti isso não ama, pode ter certeza.
Ando muito enciumado ultimamente.
Para certas mulheres altivas e donas de si, o ciúme do homem amado pode se apresentar como maneira especial de mostrar o valor que essas mulheres possuem.