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Mensagens Simplicidade

Quando a falta de simplicidade é com a gente fica um pouco mais difícil sanar a coisa.
Visto de dentro, o emaranhado é muito mais cabuloso.
Não tem jeito de achar o fio que conduz ao centro mais puro do raciocínio.
A gente tá dentro dele, do emaranhado, todo confuso, deitado e enredado, a cara voltada pro chão.
Assim, não há jeito de levantar e acender a luz.
Mas a gente não toma jeito.
Continua fazendo tudo igualzinho todos os dias, se complicando, rocambolizando a existência, crescendo os capítulos de uma novela que só acaba mal porque acaba tarde – se a trama terminasse antes, evitaria o cansaço e o desgaste da vida.
O sucesso dessa mazela que é o “ser complicado” só tem uma explicação: complicar as coisas é necessário.
Vai falar que não é É! É necessário porque livra a gente de dizer ou ouvir a palavra final, da decisão, daquele sim ou não rotundos (quando este é o caso – e na maioria das vezes é) que fazem a gente suar frio e ter queimação nas tripas dias antes de dizer ou ouvir.
Complicar é necessário porque aperfeiçoa a criatividade.
A gente passa o dia trabalhando na cozinha do nosso pensamento, preparando uma paella mental deliciosa, cheia de teorias exóticas e raras, de cores e cheiros finos que excitam nosso paladar pras coisas complexas.
Mas complicar é inútil.
No fim do dia, a paella não fica pronta, os ingredientes esturricam, a panela queima, a cozinha fede e a gente vai dormir com uma puta fome e com a certeza doída de que um pão na chapa honesto resolveria o problema.

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis.
Dinheiro Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor Ah, o amor Não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando.
Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo.
Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.
É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante pode, ou não, ser sinônimo de felicidade.
Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum.
Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor próprio.
Dinheiro é uma benção.
Quem tem, precisa aproveitá lo, gastá lo, usufruí lo.
Não perder tempo juntando, juntando, juntando.
Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado.
E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável.
Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir se desumanamente.
A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio.
Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.
Se a meta está alta demais, reduza a.
Se você não está de acordo com as regras, demita se.
Invente seu próprio jogo.
Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá la e deixá la ir embora por não perceber sua simplicidade.
Ela transmite paz e não sentimentos fortes, que nos atormentam e provocam inquietude no nosso coração.
Isso pode ser alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade.