Discutir as coisas politicamente incorretas que seus pais dizem é infinitamente mais gratificante quando se tem uma irmã que se importa.
Em alguns momentos, não suportar sequer ouvir a respiração dela – mas mesmo assim, ajudá la a se livrar de uma encrenca se preciso.
E nessa cumplicidade a gente se fez irmãs.
Ter alguém que entende perfeitamente o quão estranha e disfuncional sua família é.
A humilhação de ter que usar vestidos iguais na infância, como se fossem um par de vaso, e ver os parentes idosos comentando sobre o quanto vocês são parecidas.
Ter uma companheira na missão de procurar e destruir todos aqueles retratos de férias em família em que uma saiu mais assustadora do que a outra.
Na infância, vocês tinham as mesmas roupas e brinquedos, mas uma tinha tudo na cor rosa e a outra tinha tudo em azul ou roxo.E era assim que vocês eram distinguidas.
O incrível dia em que uma de vocês aprende a dirigir e tem uma amiga para arrastar em todos os lugares.
O fato de que irmãs mais novinhas acabam sendo criadas como capachos dos mais velhos, que sempre conseguem um copo d’água sem sequer levantar a bunda da cadeira.Basta pedir, que elas trazem.
Todas as virtudes têm irmãs ilegítimas que desonram a família.
Como é bom ter sempre alguém que sabe exatamente o que você quer ganhar de presente de aniversário.
É legal ter alguém com quem você pode ser muito escrota, sabendo que ela sempre vai te perdoar, vai esquecer em poucos minutos e, provavelmente, não ficará brava por muito tempo, porque uma coisa engraçada vai acontecer pra quebrar o clima.
Sorte de quem tem uma irmã para a vida toda!
Prometer desde sempre que uma será madrinha de casamento da outra e, quando o grande dia chegar, tentar impedir a si mesma de iniciar o discurso com falávamos sobre isso desde que tínhamos cinco anos de idade.
Ter que viver constantemente sendo comparada uma à outra ou definida pelas características que diferem vocês inteiramente.
