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Crônicas do Cotidiano

O velho viajante estava perdido no deserto já fazia semanas Toda a sua comida já tinha se esgotado dias atrás e seu cantil tinha derramado a última gota de água.
Ele tinha certeza de que não iria sobreviver por muito tempo, sem comida e sem água.
Com o passar do tempo ele avistava um ou outro oásis.
Mas sempre que se aproximava, o então oásis se revelava ser uma miragem.
Gastava então energia à toa, encontrando somente a ilusão
Ele já estava fraco, magro e desidratado, quando avistou um outro oásis.
Porém indignou se com a sua própria vida e disse para sí mesmo que não gastaria suas últimas forças para encontrar uma outra miragem.
Mas então ele ouviu uma voz que lhe dizia: Vá até o oásis, ele é a sua salvação!
O viajante relutou com a voz: Não vou mais a lugar nenhum, sei que é mais uma outra miragem.
Lembre me que nesta parte do deserto não existem oásis, foi duro crer nisso, até tentei encontra lo mas somente me iludi Prefiro morrer com orgulho nestas areias a morrer sofrendo em meio à ilusão.
Porém a voz voltou somente a insistir: Vá até o oásis, ele é a sua salvação!
Mesmo indignado e sem esperança, o viajante resolveu seguir o conselho da voz.
Mesmo assim tinha a certeza de que morreria ao chegar lá e não encontrar nada
Gastou suas últimas forças e ao chegar realmente não encontrou o oásis, mas encontrou uma caravana que o ajudou e salvou a sua vida!
Muitas vezes tentamos achar o caminho de nossa salvação,o caminho do sucesso, de nossas conquistas Mas quando chegamos ao fim dele e não encontramos o que queríamos, achamos que a vida é injusta com nós.
Isso porque não sabemos que o caminho não termina ali, mas sim nos interliga com o verdadeiro caminho de nossas conquistas.
Deixamos de ouvir a voz da esperança e nos conformamos com o fim.
Sendo de que o fim não é onde está escrito que é o fim, mas sim até onde cada um acha que pode chegar.

Meu tipo de gente
Eu costumava aplaudir gente famosa.
Ia a teatros para ver palhaços, via entrevistas para dar risadas, contava piadas para ser notado.
Mas, de repente, eu mudei o meu tipo de gente.
Não vejo mais graça em palhaços do twitter, reviro os olhos pras piadas levianas e prefiro as conversas sérias, aprofundadas, principalmente sobre assuntos que eu não domino.
Meu tipo de gente é quem me ensina.
Quem faz com calma.
Quem estende as mãos, sem pudor, e sorri se não há nada a dizer.
Meu tipo de gente não tem motivos para palhaçadas.
Pois já são trapezistas, mágicos e bailarinas, no dia a dia do espetáculo da vida.
E eles não têm medo dizer o que pensam.
Mas respeitam que existem os que sabem mais, e que ninguém no mundo pensa igual.
Gosto de gente bem resolvida.
Que escolhe por si e não depende de conselhos.
Gente que repensa a própria vida, os próprios erros, acertos, vitórias e derrotas.
Meu tipo de gente conhece mais a si que aos outros.
Por isso impõe limite entre a privacidade e a rodinha de bar.
Compartilha, se quiser.
Apenas se o assunto somar.
Meu tipo de gente é de verdade.
Sente, chora, dança, cai, se levanta e sonha.
Tudo numa mesma medida.
Pode até chorar de menos, sentir de mais, mas não se deixa carregar pela incerteza de um sonho.
Mantém um pé na realidade e trabalha para conquistar o que deseja.
Quando não dá certo, a minha gente sorri, pois já sabe que o mundo não está aí para embalar ninguém.
Minha gente escuta boas histórias, assiste bons programas, lê o que lhes convém.
São Marinas, Vivianes, Beatrizes e Isabellas, que, no fundo, nada tem a ver comigo.
São só elas.
Mas quem é muito diferente e me respeita como eu sou, essa é a minha gente.
Aplausos.
Vocês merecem.