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Correria

►Correria Dela
Hoje venho com mais uma rima
Para falar algo a mais sobre aquela menina
Na minha vida ela ficou tão envolvida
Ela é onde minha paixão é aquecida
Ela é onde minha atenção é focalizada
Contigo sinto aquele tal aconchego
Quero sentir o seu beijo
Sempre que fecho meus olhos eu te vejo
Ainda não entendo como me deixou desse jeito
Devo assumir que me sinto um tanto quanto indefeso
Me dê aquele seu abraço, pois não sei o que faço
Gostaria de tê la em meus braços
E dizer que te amo, garota dos cabelos cacheados.
Penso agora pelo que já passamos
Tudo que já suportamos
E ainda assim, continuamos
E ainda assim, nos amamos
E nem que seja por poucos minutos
Nem que seja segundos, nos dedicamos
Logo, logo fará um ano
Meu sentimento não mudou, eu te amo
Logo, logo será uma mulher
Eu ficarei contigo para o que vier
Mas está comigo
De sua resposta eu preciso
Pois se não, será um desperdiço
Meu amor não merece isso
Mas esse medo é um dos ossos do ofício
Por que amar pode ser difícil
Por que amar pode ser um perigo
Mas vou arriscar, para um futuro com você criar.
Hoje me disse que a semana não estava fácil
E que conversar comigo era agradável
Mas disse para mim que estava entristecida
Por causa da correria do dia a dia de sua vida
Porém nem tudo está perdido
Talvez amanhã estaremos juntos, vendo algum filme
Tentarei recompensar o tempo que ela perdeu
Dar para ela carinho, para aliviar a semana que ela viveu
Dizer tudo o que ela possa querer escutar
Tudo que ela possa precisar falar, ao lado dela vou estar
Eu já presenciei duas vezes ela chorar
Por minha causa, devo confessar já
Disse para ela que não vou abandoná la
Quero estar sempre presente para ajudá la
Vou aquecê la se for necessário
Mesmo eu sendo solitário
Não a deixo de lado, que estou deveras apaixonado.
Talvez complete três semanas sem poder vê la
Mas nem por isso vou esquecê la, e outra garotar conhecer
Pois é ela que desejo ver
Ela sabe bem o que fiz pensando nela
Hoje mesmo escrevi a rima "Para ela"
Quando formei os versos, meu pensamento era sua moradia
Me sinto uma vela, que se derrete com o calor dela
Perto dela meu coração descongela
Preenche aquela vazia parcela
E ao seu lado, minha felicidade modela
E mesmo que eu more na favela
Ela é minha pequena Cinderela.

VÁ PELA SOMBRA
Quando estava resolvendo coisas do meu dia a dia, a correria de forma ou de outra apareceu.
Uma senhora bem idosa me pediu uma informação e iniciamos uma conversa.
Aquilo de certa forma me confortou.
Acredito que em momentos ruins, alguém desconhecido sempre surge para dar algum recado de conforto, tipo como nos filmes.
Conversando sobre a vida ela se aproximou porque não a conseguia escutar, ela queria saber se no outro lado da rua, haveria sombra.
Questionei a por não estar de guarda sol em temperatura tão alta, mas para quem passou a vida toda trabalhando em terra, aquilo era nada.
Em minutos de conversa ela resumiu sua vida, contou sobre seu neto, juventude, tempos atuais etc.
Raramente temos esse momento de pegar alguém na rua e conversar.
Estamos tão preocupados com nossas vidas que a do outro é ausência, principalmente um idoso.
Um olhar diz muito, principalmente um, “senta aqui, preciso conversar, preciso que me olhe, me note”.
Já era uma mulher idosa, fazia doces “eu sou a mulher do doce” e, por mais que eu não conseguisse lembrar de seu rosto, por algum motivo já devera me vir em algum momento; em algum momento eu até comprara um doce, mas não me lembro.
Na conversa pude reparar em suas rugas, na sua cor, nas roupas, na sua coluna rígida e frágil uma experiência viva de uma pessoa que simplesmente viveu anos e momentos incríveis de alegria e de tristeza sem ter por direito, momento algum de contestação da vida.
Essas questões existenciais que rondam pesquisas acadêmicas sobre a existência e o sentido da felicidade.
Não soube de seu marido, muito menos se ele estava ainda em vida, talvez na agitação do papo, deva ter perdido esse momento.
O que me chamou atenção foram as rugas e a paciência de conversar ao léu sobre a vida para alguém.
Isso conta uma história de vida e, não descartando outras.
Gosto de contar essas histórias, viver e passar por isso, porque sinceramente, às vezes me dá vergonha olhar para minha vida e ter a disposição tudo o que aquela senhora não teve durante toda a vida e, mesmo assim reclamar.
Me lembro que ela dizia sobre “mas ele só fica naquele celular, eu quero o melhor para ele” gesticulava os hábitos do neto e depois sorria, mas era um sorriso de não entender esse comportamento já que o dela era cuidar de terra.
A vida é tão curta, curta o suficiente para nos deixar desesperados e fazer as coisas contra o tempo.
Essa senhora não precisou de muito para entender sobre a vida, ela simplesmente viveu e conseguiu experiência, ela muito menos teve tempo para questionar o que poderia ganhar ou que havia perdido, se é que perdeu alguma coisa durante os anos jovens em que viveu.
Pode ter certeza que se um dia sentir um desejo especial por doce, não excitarei em encontrá la.
Especificamente o doce caseiro daquela senhora.
Depois nos despedimos.
Me lembro de dizer “vá pela sombra.”

correria para enfrentar os novos dias sem sua companhia, eu descobri que nada havia mudado dentro de mim.
Eu estava organizando minhas coisas quando me deparei com algo seu no meio delas.
Veio me sua fisionomia vestida naquela camisa que estava escondida debaixo das roupas que eu pretendia me desfazer.
Lembrei das nossas tardes em família, daquela pastelaria na rua da igreja, daquela chuva no meio do caminho de volta para casa, de você ganhando uma camisa do meu pai.
Lembrei da gente rindo da situação, da sua camisa molhada nas minhas mãos, eu não tive coragem de a estender lá fora e decidi a deixar secando no meu quarto.
Minha mãe se divertia e brincava comigo dizendo que eu ia vestir meu travesseiro com a sua camisa e ficar abraçando o você que eu criei.
Foi então que eu escondi a sua camisa com vergonha das brincadeiras e da minha falta de ideia de como usar sua camisa sem causar mais constrangimento.
Tudo o que vivemos me acometeu nesse flash de memória.
Para completar, sua camisa tinha o seu cheiro guardado, aquele da chuva.
Não me passava pela cabeça que nos separariamos pouco tempo depois por ventura de uma fatalidade que me enlutaria para sempre.
Todo mundo espera que essa mulher que me tornei volte a dividir o coração com um novo amor e não compreendem minha dificuldade.
São sempre as mesmas perguntas e nunca sei o que dizer a eles.
E sempre que acredito que vai acontecer algo novo, todos me lembram você, no jeito de se expressar, no humor e na espiritualidade.
Mas, não é a mesma coisa, eles costumam errar comigo de um jeito que você jamais o fez e acabo fugindo, eu sempre volto a me lembrar de como eu era antes de você ir embora e não consigo mais confiar no amor.
É por isso que a sua camisa continua comigo, para manter o melhor de mim que foi ter você na minha vida, não pretendo deixar isso de lado, você ainda é a força que me faz parecer tão pronta para continuar lutando.