Chovendo.
Do alto do morro vejo a chuva caído.
Com a força da correnteza leva tudo em seu caminho, até o barraco do pobre que dizia não ter nada, chora por ter perdido tudo.
As coisas acontecem por todos os caminhos e a unica certeza que temos é que elas são transitoriamente nunca pela vida por definitivo.
Depois das noites estreladas sempre vem as manhãs ensolaradas.
Todas as respostas sempre foram, são ou serão maiores que a minha capacidade de perguntar Caminho na chuva ou sob o sol; a estrada é a próxima interrogação.
Uma chuva fina cai sobre a cidade.
No rádio a canção de Gal Costa que fala sobre a poeira do caminho.
Pois é.
O pó das eras também viaja comigo; bem acomodado no meu banco.
Sou uma gota de chuva solitaria, igual as demais.
Faço me unica nos caminhos onde passo, e nas faces a onde toco.
E hoje meu pensamento é outro, quero alguém que caminhe na chuva comigo, que me tire sorrisos não lagrimas, que me faça ser feliz sempre, não momentos
Alguém que faça eu entender, porque nunca deu certo com ninguém!