ELOÍSA
Que pode ser maior que meu amor por Eloísa
Acredito que o dela por mim.
Ninguém que eu conheça tem, como ela, a capacidade de se desdobrar em amor.
Parece ter vindo de outro lugar, que alguns dizem que existe, e que se chama Planeta Carinho.
Eloísa nasceu numa madrugada fria e chuvosa de julho.
Chegou quietinha sem fazer muito alarde, discreta e meiga, como seria sua vida inteira.
E cresceu livre, com a simplicidade que não se perdeu com o tempo, com o mesmo coração puro, sem vaidades inúteis, sensível e afetiva.
Tornou se mulher.
Mulher exemplo de mãe, de avó, de amiga, de irmã e de filha.
Sua casa é o abrigo de todos.
Sempre tem uma palavra doce, uma conversa amena.
Sabe o verdadeiro significado do que é “ser”.
Nada do que tem é só dela.
Reparte, divide, ajuda e estende sua mão linda e generosa a quem dela necessite.
É, ela tem as mãos mais bonitas que já vi, macias e com dedos longos que terminam com unhas perfeitas.
Por isso tudo é que a coloco aqui, entre estas páginas, muitas delas escritas com lágrimas nos olhos, com o coração apertado pela saudade inevitável do que de bom foi vivido,tanto por mim quanto por ela, onde misturei sentimentos, uns tristes, outros alegres, mas todos vividos de mãos dadas com Eloísa.
Ela nunca me deixou chorar sozinha.
Sempre pegou pra si um pouco das minhas angústias e dos meus desencantos, mesmo que por pura solidariedade na tentativa de amenizar minhas aflições.
Amiga maior, na minha pequena e doce irmã caçula, tão igual a mim, mas tão melhor.
Sei que me ama e me acolhe do jeito que eu sou sem reservas e sem censurar meus atos falhos.
Nem os meus nem os de ninguém.
Com ela tenho todas as garantias.
Sei que possui um lugar especial onde guarda meus segredos e que não deixa ninguém entrar.
Quando Eloísa chegou eu já estava aqui à sua espera.
Acho que Deus mandou a porque sabia que eu precisaria muito dela ou quem sabe meu anjo de guarda não estava dando conta do recado e pediu um reforço.
Maria Alice Guimarães