Posso dizer que de tudo isso, ficou apenas uma vontade de viver intensamente, cuidar melhor de mim, ter histórias pra contar, fazer e acontecer.
Eu quero mesmo é ser uma borboleta com a mais pura liberdade de viver.
Cantarolar a vida, contar versos firmes, me estampar de realizações.
A ansiedade causa 'nós'
e 'entrenós' na garganta,
um mar de reboliço
no estômago,
como se estivesse sempre a velejar.
O enjôo é constante
e a terra nunca está à vista.
Quando dizes que me amas
invade meu coração
sem pudor, nem calma
com um bem querer
que me faz renascer
uma jura que me devora
no acordar da aurora
e depois me deixas sozinha
a desejar sonhos distantes
sofrendo a cada instante.
"E quem disse longe dos olhos, longe do coração não sabia bem o que dizia.
Longe dos olhos e perto pra burro do coração"
Exagerada
(em tudo, ou quase tudo),
mas acima de tudo,
intensa.
Por vezes,
é na solidão que eu me encontro.
E é na noite
que as sensações
(imaginadas ou reais)
brotam livremente.
"Começam a surgir as urgências cada vez mais urgentes, mais quentes, mais vibrantes, mais intensas.
Pensamentos noturnos, tão frágeis, tão desgrenhados de se fazerem urgentes, vivos e presentes amanhã"
Acredito nos absurdos da vida,
mas só naquilo que não se passa
em nosso pensamento.
É a contradição entre o
desejo e a mágica da vida.