A honra é, objectivamente, a opinião dos outros acerca do nosso valor, e, subjectivamente, o nosso medo dessa opinião.
A honra não é a opinião sobre as qualidades especiais pertencentes a um único sujeito, mas só sobre aquelas que, via de regra, deve se pressupor que não lhe faltem.
Quando ouço música, a minha imaginação compraz se muitas vezes com o pensamento de que a vida de todos os homens e a minha própria vida não são mais do que sonhos de um espírito eterno, bons e maus sonhos, de que cada morte é o despertar.
O homem mais limitado de espírito é, no fundo, o mais feliz, embora ninguém consiga invejá lo por tal felicidade.
O que faz da juventude um período infeliz é a caça à felicidade, na firme pressuposição de que ela tem de ser encontrada na existência.
Disso resulta a esperança sempre malograda e, desta, o descontentamento.
A alegria e despreocupação da nossa juventude deve se, em parte, ao fato de estarmos subindo a montanha da vida e não vermos a morte que nos aguarda do outro lado.