Quanto mais claro é o conhecimento do homem – quanto mais inteligente ele é – mais sofrimento ele tem; o homem que é dotado de gênio sofre mais do que todos.
Embora apreciasse a conversa séria, ele raramente encontrava companheiros de refeição que merecessem desperdiçar seu tempo.
Uma pessoa de raros dons intelectuais, obrigada a fazer um trabalho apenas útil, é como um jarro valioso, com as mais lindas pinturas, usado como pote de cozinha.
Nada merece nosso esforço, todas as coisas boas são apenas vaidades, o mundo é uma bancarrota e a vida, um mau negócio, que não paga o investimento.
Para ser feliz, é preciso ser como as crianças: ignorante.
Os homens assemelham se às crianças, que adquirem maus costumes quando mimadas; por isso, não se deve ser muito condescendente e amável com ninguém.
Suportamos com mais resignação uma infelicidade que nos chega inteiramente do exterior do que uma cuja culpa caiba a nós mesmos.
Uma rudeza derrota todo o argumento e eclipsa qualquer espírito; isso se o oponente não tomar parte nela e replicar com outra maior ainda.
A inveja é natural ao homem.
No entanto, ela é, ao mesmo tempo, um vício e uma desgraça.
A inveja dos homens mostra o quanto se sentem infelizes; a sua atenção constante às acções e omissões dos outros mostra o quanto se entediam.
Uma pessoa é tanto mais amada quanto mais moderar as suas expectativas em relação ao espírito e ao coração dos outros; e tudo isso a sério, sem fingimento, e não apenas devido à indulgência enraizada no desprezo.
Cada um fugirá, suportará ou amará a solidão na proporção exacta do valor da sua personalidade.
Pois, na solidão, o indivíduo mesquinho sente toda a sua mesquinhez, o grande espírito, toda a sua grandeza; numa palavra: cada um sente o que é.