Chega um momento em nossas vidas que necessitamos mergulhar em nós mesmos.
Porém, precisamos ter cuidado para não transformar este lugar em moradia.
As desilusões, as tristezas, as decepções, desesperanças são cruéis, pois nos fazem acreditar que o melhor é construirmos um concha protetora em volta do coração para que nada mais o atinja e o fira.
E com isso não percebemos que embora o coração fique protegido das feridas, ele também se fecha a todos os outros sentimentos.
Sozinhos na escuridão protetora da concha, temos a sensação de encontro e paz, mas o coração seca, endurece e fica incapacitado de expressar qualquer tipo de sentimento.
Torna se frio, calculista e distante.
Inacessível, sem sonhos.
Viver é arriscar a ser ferido, a perdoar, compreender, aceitar, corrigir, aprender, amar, sonhar processos muitas vezes dolorosos mas que através deles, nos tornamos vivos em toda plenitude.
Impossível viver com concha ao redor do coração!
Um mundo de possibilidades se abre quando saímos da concha protetora em que nos escondemos.