Deus é este coração fictício que o desejo inventou, para
tornar o universo humano e amigo.
E então a própria morte perdeu o seu caráter
ameaçador.
As religiões são, assim, ilusões que tornam a vida mais suave.
Narcóticos.
Como diria Marx: o ópio do povo.
O ser humano se vê em um
mundo que não lhe pertence e, para tentar escapar deste, cria para si um outro, em que o "princípio
de prazer" se sobrepõe ao "princípio de realidade".
Os universos simbólicos, a religião, a história são expressões do esforço
humano no sentido de tornar a natureza, o tempo e o espaço em função de si
mesmo.
Esforço titânico para antropologizar o universo todo, transformando o
numa extensão do corpo.