Talvez o seu primeiro amor tenha sido aquele que você beijou no jogo de verdade ou desafio, no esconde esconde, no pega pega, no gato mia ou ainda, no comigo não morreu.
O tal primeiro amor pode ser correspondido (ou não).
Talvez o primeiro amor possa ser o vizinho de porta, de janela, de sacada.
Talvez o primeiro amor seja o coleguinha da crisma.
Que ficou ainda mais bonito com uma roupa social e gel no cabelo.
Pode ser aquele amor que arrebenta a porta, escancara a janela, quebra o cadeado.
Aquele tipo que entra sem razão, sem querer e faz moradia bem do lado esquerdo do peito.
Amei recebendo mensagem de bom dia e te amo no boa noite.
Amei de fazer planos para casar e ter três filhos.
Depois amei sem planos para o futuro só pensando no presente, no agora, no aqui.
Amei a pé, de ônibus e de metro.
Vou continuar a adoçar com mel.
Você vai continuar fazendo de conta.
Eu vou fingindo que acredito, você vai pensando que me engana.
Uma horas dessas, a gente se resolve.
Se beija, se abraça, se quer, se tem.
Ou vamos embora e esquecemos dessa história.
Talvez isso nunca tenha existido.
Talvez tenha sido um sonho sonhado, ou um momento roubado.
Uma horas dessas a gente se encontra.