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Nathan B.

"Criei filosofias de vida a fim de buscar certo sentido na vida que a religião e a ciência não estivessem envolvidas e percebi o porquê são retratadas como um refúgio para a maioria: porque a vida não se tem um sentido racional, sem uma pitada de criatividade, teoria ou de fé.
É engraçado dizer isso a público, pois muitos, que já imagino quem, pensarão: “E por que não se entrega de uma vez Por que não faz o que aprendeu dês de criança ”.
Bem, diferente de grande parte das pessoas, viver com um sentido/esperança/crença não se está em minha lista de “Coisas básicas para viver”.
Afinal de contas, não sinto necessidade de ter um propósito, objetivo de vida ou até mesmo uma esperança que demais se submetem por medo da morte; algo irracional visto que o dia que você morrer, será impossível evitar.
Para mim, o sentido da vida é evoluir – Reconhecer nossos erros e nos empenhar para mudar, principalmente as características/pensamentos/sentimentos que nos aprisionam e os mesmos que prejudicam as pessoas a nossa volta.
Afinal, seja qual a religião ou filosofia de vida, todas focam na construção do próprio ser, na construção da alma e consciência de cada individuo; ambos só dão certa razão para tal.
Para mim, tal razão não é uma necessidade, pois, ainda que eu saiba da grande porcentagem de que de fato não tenha, eu arrisco me ao procurar por tal sentido.
Ter dito tais coisas não significa de que sou um descrente, pois em uma definição bem especifica sobre minha religiosidade se é denominada por Deísmo, que diferente dos ateus, acredita na existência de Deus e até pode defender essa idéia, mas que também acredita na possibilidade da inexistência.
Afinal, busco um sentido na vida e não uma religião ou fato científico.
Para tal busca é necessário se libertar de qualquer possível prisão feita pela sociedade, ou seja, é necessária uma constante evolução.
E para deixar claro: Sou um Procurador da Razão, e “não uma Pedra de tropeço” ou que desnecessariamente nega a Deus.
Se um dia, supostamente encontrar uma resposta negativa sobre tal questão importante, não revelarei certamente ao mundo, deixarei ser apenas uma sombra de duvida, pois nem sempre a verdade é “Libertadora”.
Espalhar o caos seria monstruosidade da minha parte, pois muitos manifestam o poder de Deus de forma descarada, pois mesmo que não exista, apenas pela fé do individuo, já o fez acreditar em milagres e de que poderia evoluir sua consciência para fazer o bem ao próximo e, de fato, conseguir.
Isso até não prova a existência, mas prova a força que este ser tem, existindo ou não."

Ciclos
Uma vida que sempre segue mesmos eventos é uma vida presa por um ciclo.
A Minha vida é um ciclo.
Digamos que você tente mudar a sua rotina.
Há inúmeras maneiras de fazer isso: começar na academia, praticar um passatempo, ler um livro diferente do que o habitual ou até tirar um tempo para reflexão.
Isso até quebraria a rotina, porém, o ciclo não é a mesma coisa que a rotina.
Ciclo de vida, por exemplo, é Nascer, Crescer, Viver, Envelhecer e Morrer.
Você conseguiria mudar esse ciclo A ciência até tenta, mas dessa maneira específica, é impossível, por ora, mudar.
Uma vida que é prisioneira de um ciclo é mais ou menos assim.
Você se esforça pra mudar certos ciclos que há, mas falha porque, até em você tentar quebrar esse ciclo, já começou a fazer parte do ciclo.
Desesperador e um tanto quanto engraçado, não
Vamos simplificar e exemplificar:
Você faz parte de uma família que é a favor de um partido A.
Você não acredita que o político desse partido seja sincero, mas prefere e confia no Partido C, pois parece que este sim fará uma mudança.
– Até então você pode achar: “ótimo, sem problemas.
Ele só quer votar no partido C, então vote”.
Porém, como citei, sua família é do partido A, rivais de qualquer outro partido, o que irão tentar impedir de que seu filho, por exemplo, vote no C.
Então o rapaz tenta dizer que não consegue confiar no candidato A porque lhe parece um tanto quanto enganador, mas se eles quisessem, ele não os impediria de votar nele.
Agora talvez pense: “Isso aí, cada um respeitando a opinião do outro.” Só que não.
Eles vão contra você, e óbvio, você vai perder.
Um rapaz contra um exército inteiro é nítido a derrota.
Os amigos do rapaz, ainda por cima, o incentiva a votar o partido B, porque eles irão votar todos nos mesmos.
E agora Se fosse você Como sairia dessa
Você realmente acredita no C, mas se votar em tal, você vai contra o A, que é da sua família, e contra o B, que é dos teus amigos Como se livraria disso Apesar das eleições serem com votos secretos e ser passageira; vamos supor de que não seja tão simples assim.
E por fim, você vota A, e se resolve com seus amigos explicando sua situação familiar; deixando sua opinião de lado.
Tranquilo, beleza, tudo se estabilizou Até a próxima eleição, que tudo retorna ao seu estado inicial.
Você não é rebelde, mas confia muito e tem motivos pra confiar no partido C, e sua família parece até cegos pelo A, e seus amigos só dizem B pela zueira.
E você expressa suas opiniões, respeita a deles, e luta contra eles, e mostra que fugirá de casa, e eles não quer nem deixam E você se rende novamente e as eleições passam Até o quarto ano seguinte.
Isso é uma vida ser um ciclo.
Você tentar ir contra algo bem presente na sua vida, e fracassar ao tentar mudar.
E na próxima luta desencadear tudo novamente.
Acreditem, já passei por isso e, sim, é exaustivo.
Principalmente quando você percebe que estava errado, assim como o outro lado.
Ou seja, uma luta em que ambos estavam errados.
Eu abordei dois assuntos em um só: a de a vida ser um ciclo, óbvio, e de respeitar a opinião do outro, em relação à política; algo essencial.
Não devemos obrigar outros a seguir ou acreditar aquilo que nós decidimos acreditar ou seguir.
A realidade é relativa; não existe uma realidade “real” que se tenha a resposta e a visão certa de tudo, somente o universo, que jamais conseguiremos entender ou chegar a este ponto.
Eu tento muito me libertar de qualquer rótulo ou “prisões” que a nossa sociedade atual foi criando ao longo dos anos.
Libertei me de religião, política e de padrões de belezas.
Também de limitar meus sentimentos pra que não me influenciem tanto na hora de tomar uma decisão sobre algo.
Deixar meu preconceito impedir uma nova amizade; Deixar minha raiva descontar se em alguém que não tem culpa; ou, até mesmo, deixar minha tristeza afetar outros a volta.
E sim, há preços que tive que pagar, e que jamais recuperarei.
Mas sinto me aliviado toda vez que faço uma pessoa gargalhar, pois é isso que me prova que valeu a pena os sacrifícios.