o céu está bem azul e a terra a cobrir se de verde, doce é olhar o mar, sinto me a renascer lembrando donde venho e as asas que usei para chegar aqui..
que a alegria que habita em ti não se perca, que o riso assalte o pranto e a felicidade esteja sempre contigo
há uma alegria que em mim emudece e surge a primeira lágrima de resignação, pergunto me quem sou, como posso viver sem mim mesmo
às vezes surge o desanimo no obscurecer dos anos,
fica o voo indeciso, a vida um desconcerto
mas há sempre um oásis
no meio do deserto
para a alegria do passeante solitário
Um cravo faz sempre falta a uma rosa cuidemos do amor até alcançar a felicidade e o tempo encherá de aroma de jasmim os nossos corações incendiando as nossas recordações.
no alpendre do meu sorriso, a saudade és tu a memória corta o silêncio e os teus lábios colam se aos meus
minha saudade é um riacho de água fresca a correr, onde mato a sede e recuo no tempo a adocicar o presente
rasurei a lembrança de mim, para ver se a saudade me abandona perdi me nas décadas que nos separam, hoje não lembro mais!
a recordação se aviva agora, e a saudade dá conta das minhas mãos que vão escrevendo a alquimia do passado, quando eu era ave saltitando de ramo em ramo
cada palavra cheira a fruta
e a saudade,
arranca me um suspiro das profundezas
do meu coração vigoroso
e mais outra palavra ao virar da esquina
volto a suspirar, vendo me ali menina.