Quando deixo o casulo
A borboleta em mim prefere os cactos.
A perplexidade do ardor das cores,
Florescem ousadas,
Por entre as folhas reduzidas a espinhos.
Eu sei que não nos perdemos
Porém,
Estou buscando reencontrar todos os detalhes
Esquecidos, adormecidos cá dentro.
Ainda espero
Sentir aquela antiga intensidade ao te ver
Quando o amor não me cabia nos olhos
E de mansinho se acomodava no fundo da alma.
Ao fundo de sua solidão
Eu estive lá
Preguei o amor, a felicidade
Espalhei estrelas em suas noites escuras
Mas você deixou me de fora
Sem fazer ruído
Roubou me o céu!
Toda desilusão
Eu ali fiquei
A reinventar me em cores.
Gosto da minha quietude
Numa ausência de pensamentos
Tendo a consciência apenas o silêncio
Unicamente para apanhar doçuras
Recolher se
é receber respostas!
Sou quase feliz
No abandono da existência
Que me habita!
Que me cerca!
E me encurrala.
A vida é um salto de fé
Que não pode ser escrita a lápis
Não há lugar para retoques
Não há uso para borrachas
Cada momento é único.
Sempre quis tudo que a vida pode me oferecer
Sei que nem tudo me deu prazer
E que alguns sentimentos eu preferia esquecer
Porém, amei como deveria amar.
Lutei achando que valia a pena lutar
E se perdi, tenho o consolo de saber que tentei.
Tentei o melhor que eu podia ser.