É margarida colorida
Mas na intensidade é rosa
Sim, essa sou eu.
Despindo se da mulher contraditória
A que tem a fortaleza no coração
E a fragilidade do mesmo
Aquela que é mais sonho que realidade
E porque não
Sim
Sou devaneio, intensa, imaginação, poesia.
Não sou a prudente, a que exala praticidade
Sou a que chora filha da entardecida melancolia
Não me acerto com a exatidão
Mas sim com as indescritíveis emoções
Aquela que não aguenta se segurar por dentro
Sou o livro aberto, as páginas escritas com o coração
A história que se entremeia de sentimentos
Sensações a flor da pele, romântica incurável
Que machuca, dói e sangra as dores do mundo.
Porquanto sou lágrimas quando ferida, sou vulnerável
Sou presença, companheira e creio no amor profundo!
Não sei caminhar em linha reta, sem apego
Meu caminho é assim: Imensidão
Olhos que volteiam ao redor, cheios de afeição
Demasiadamente ternura, crença, pulsação
Olhar arisco em olhos ternos
Carrego um espírito bordado à mão
Ora dócil, ora selvagem em tez translúcida
Quem me conhece, me vê por dentro
Por vezes a voz terna entoa em grito
Um grito reprimido, contrito
Que às vezes revela uma mulher insegura
Com alma de criança pura
Sou a subjetividade da fé sem a teoria da religião
A que crê na imensidão de Deus, do caminho, da vida
Sem explicação ou complexidade, mas facilmente concebida.
E eu sou simples assim A palma da mão
Aberta, franca Profusão.