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Martin Lloyd Jones

"Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne pecaminosa, pelo pecado condenou o pecado na carne".
O que ele quer dizer com "o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne" Ele quer dizer que a lei não podia salvar ninguém, a lei não podia capacitar ninguém a viver a vida cristã, porque a lei é fraca, por causa da fraqueza da minha carne.
"O que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne".
Não há carne na lei, portanto não podem falar sobre a fraqueza da carne da lei.
O que significa é que a lei foi dada, mas que o homem, em si mesmo, é ordenado a cumpri la.
A fraqueza da carne está no homem, não na lei.
A lei não é fraca, é o homem que deve cumpri la que é fraco.
Ouvi um idoso pregador expressar isso muito bem.
Ele usou a ilustração de um homem cavando uma horta com uma pá, e enquanto estava cavando, o cabo da pá quebrou.
Ele salientou o ponto que não havia nada de errado com a pá em si, era o cabo que era muito fraco.
A pá em si era forte, feita de ferro; o problema estava no cabo, que era feito de madeira, e portanto era fraco.
Não é igualmente verdadeiro que quando impomos uma nova lei a nós mesmos nesta vida cristã, a qual precisamos guardar por nossas próprias forças, estamos nos condenando ao fracasso Mas não devemos fazer isso, porque o Espírito agora habita em nós.
"Vós não estais na carne, mas no Espírito".
Observem como o assunto é desenvolvido dos versículos 5 ao 14.
A diferença essencial entre o homem natural e o cristão, é que o último tem o Espírito de Cristo habitado nele.
Qualquer que seja a experiência que um homem teve, se ele não tem o Espírito de Cristo, ele não é um cristão: "Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele"

Observem um homem como Abraão.
Deus tratou com ele de tal forma que ele pôde "esperar contra a esperança", Ele confiou em Deus de forma total e absoluta, quando todas as aparências indicavam o contrário.
E isso precisa ser desenvolvido em nós.
Não começamos assim, mas ao atravessarmos essas experiências descobrimos que "por trás de uma providência carrancuda, Ele esconde o rosto de um Pai", e quando as provações voltam, permanecemos calmos e controlados.
Podemos dizer: "Sim, eu sei que não posso ver o sol, mas sei que ele está lá.
Sei que atrás das nuvens o rosto de Deus está voltado para mim".
É por meio dessas provações que esse elemento de confiança é desenvolvido em nós.
É exatamente o mesmo com o elemento de paciência, ou perseverança, a capacidade de perseverar e ir em frente apesar de desânimo e abatimento.
Esse é um dos maiores testes que um cristão pode enfrentar.
Não somos pacientes por natureza.
Começamos a vida cristã como crianças, querendo tudo de uma vez; e se não o recebemos, ficamos impacientes e começamos a resmungar, reclamamos e ficamos emburrados como crianças.
Isso é porque nos falta paciência e perseverança.
Não há nada que as epístolas do Novo Testamento enfatizem mais do que esta qualidade de perseverar, quer as coisas estejam indo bem ou não.
Devemos perseverar dizendo: "Deus sabe o que é melhor para mim.
Vou confiar nEle".
"Ainda que ele me mate, nele esperarei".
Isso é perseverança, e é à medida que somos testados e provados que todos esses outros elementos que devem "guarnecer" a nossa fé se desenvolvem e são aperfeiçoados.

Como você vê Jesus Cristo Por que Ele veio a este mundo O que Deus fez em Cristo Foi Ele apenas um exemplo, ou algo assim Não vou perder tempo demonstrando a futilidade dessas suposições.
Não.
Isto é algo positivo, essa justiça de Deus em Jesus Cristo.
A salvação está inteiramente em Cristo, e se você não está voltado exclusivamente para Cristo, tudo o mais tendo fracassado, você não é um cristão, e não é de admirar que não seja feliz.
"A justiça de Deus em Jesus Cristo" significa que Deus O enviou ao mundo para que Ele honrasse a lei, e para que os homens pudessem ser perdoados.
Aqui está Um que prestou obediência perfeita a Deus.
Aqui está Um Deus na carne que tomou sobre Si mesmo a natureza humana e, como homem, rendeu a Deus perfeita adoração, perfeita lealdade e perfeita obediência.
Ele observou a lei de Deus de maneira total e absoluta, sem uma falha.
Mas não fez só isso.
Paulo acrescenta algo mais nesta declaração clássica da doutrina daexpiação: "Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus".
Isto significa que, antes que o homem possa ser reconciliado com Deus, antes que possa conhecer a Deus, esse pecado precisa ser removido.
Deus disse que Ele iria punir o pecado, e o castigo do pecado é a morte, como também separação de Deus.
Isso precisa ser resolvido.
E o que aconteceu "Bem", diz Paulo, "Deus o enviou como propiciação".
Esse foi o meio que Deus empregou.
Significa que Deus fez Cristo responsável por nossos pecados.
Eles foram colocados sobre Cristo, e Deus tratou deles e os puniu ali, e uma vez que Ele puniu nossos pecado em Cristo, em Seu corpo sobre a cruz, Ele pode nos perdoar com justiça.
Como vemos, esta é uma doutrina profunda.
É uma declaração arriscada do apóstolo, mas isso precisa ser dito, e vou repetir.
Deus, sendo justo, santo e eterno, não podia perdoar o pecado do homem sem castigá lo.
Ele disse que iria puni lo, então Ele precisa puni lo* e, bendito seja o Seu nome, Ele o puniu! Ele é justo, portanto, e o justificador daquele que crê em Jesus.
O pecado foi punido, por isso Deus, que é justo e santo, pode perdoar o pecado.