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Marinho Guzman

Problemas.
Meu pai dizia que quanto mais coisas a gente tem, mais problemas a gente arruma.
Não que ele tivesse poucas coisas, mas ele tinha poucos problemas.
Sou sincero, demorei muito para entender o significado daquelas palavras e por um tempo não medi esforços para ter tudo o que o dinheiro podia comprar.Comprei algumas financiadas, outras tive que vender, pois estavam acima das minhas posses.
Tive coisas que custavam cada vez mais caro depois que eu as tinha, porque para mantê las, tinha que ter tantas outras e isso dava mais dor de cabeça, era um ônus pesado demais.
Com o tempo aprendi que ser admirado pelas coisas que se tem, quer dizer que a gente vale menos do que elas.Um dia ou outro a admiração pode virar inveja, ciúmes ou vontade de tirar um pedaço das nossas coisas, ainda que a gente tenha deixado que as pessoas tirassem várias casquinhas.
Não acho que eu precise pouco para viver, mas sei que elas devem acrescentar mais que um carro ou uma roupa nova e outras coisas que depois de alguns anos ninguém quer mais.
Hoje as coisas têm que me dar prazer em usá las e não em mostrá las, e se elas forem invisíveis, como entender as coisas que meu pai me ensinou, aí sim, estará o grande valor.
Há coisas que a gente nem quer e nos são oferecidas de graça, outras que custam tão caro que a gente não pode comprar, e tem gente que troca a honra por coisas que não vão usar, coisas que só servem para mostrar aos outros, coisas que não levam ninguém a nenhum lugar.

Café com leite, pão com manteiga.
Descubro pelo Google que a minha trinca matutina tem cerca de trezentas calorias.
Combinam com as trezentas que eu gasto na esteira da Smart Fit quase todos os dias.
São quatro quilômetros, na velocidade seis, por quarenta e cinco minutos, tempo aproveitado para exercitar o cérebro, que não para de ruminar o passado, o presente e tenta prever o futuro.
No almoço como sempre uma salada com grãos variados, folhas verdes, tomate, pepino, berinjela bem temperada e uma azeitona preta, tudo com muito azeite extravirgem, acompanhada de pequena posta peixe ou de peito de frango.Uma ou outra quarta feira, como um arremedo de feijoada, arroz, feijão preto, couve e três ou quatro rodelas de calabresa e uma mini bisteca.
Às vezes num domingo, como bacalhau com batatas e arroz.
Meu o almoço diário raramente passa de trezentos e cinquenta gramas bem pesadas, sempre no excelente Restaurante Bambuzal.
Uma vez cada nunca, como no La Plage um Mc Donalds ou um capeletti do Bella Giulia.
Também não dispensamos, eu e a Amanda o filé à parisiense ou camarão à grega, no Monte Carlo do Zé Geraldo, sempre rachando o prato, lembrando que essas gordices são exceções e não posso ser acusado de glutão.
É raro o dia em que eu não tiro minha soneca depois do almoço que o europeu chama de sesta.
Revigorante faz bem para o corpo e para a alma.
Eu e Amanda não jantamos.
Às seis da tarde comemos um espartano lanche ou algum prato feito por ela com amor, que não enche barriga, não dá azia, má digestão nem pesadelo.
Lá pelas nove horas da noite como uma pequena salada de frutas bem variadas e lá se foi mais um dia de quem come com simplicidade só para viver.
A vida não se resume nisso, mas nem isso levaremos dela.

Cherie
Parabéns prá você!
Todos os dias passam pelos meus olhos os parabéns que mães extremosas dão aos seus filhos, filhos amorosos aos pais, amigos e amigas exaltando o nobre sentimento da amizade.
Maridos e esposas brindam a união que faz dois terem a força de um exercito pronto a enfrentar as difíceis batalhas que aparecem na vida.
Cada um sabe como e porque diz o que diz para os seus queridos.
São treze anos que estamos juntos e foram raros os dias que nós não brindamos de verdade ou que eu deixei de te parabenizar pela menina mulher maravilhosa que você é.
Todos os dias na hora do almoço ou do jantar e até mesmo quando nos encontramos na geladeira ou no filtro para beber água, nós nunca deixamos de bater os copos, numa alegre exteriorização do que vai pelas nossas cabeças e que mora nos nossos corações.
Não raro quando vamos dormir eu te digo: Boa noite, agora vou dormir e te encontrar nos meus sonhos e quando acordamos eu abro a janela e a luz logo me inspira, olho para você e digo: Boooommm diaaaa!!! Mais um glorioso dia ao seu lado.
Tem gente que nem acredita.
Ás vezes leio que todos os casais brigam ou discutem.
Nós não! Qualquer dúvida é resolvida na hora e não dá tempo para remoer frases ou palavras que são só frases e palavras e que se parecem ríspidas no momento é porque não foram bem empregadas.
Nossa relação não tem senões.
Diferente da maioria dos casais, vivemos vinte e quatro horas olho no olho.Trabalhamos juntos, vamos juntos a quase todos os lugares.
O que nos motiva são gostos parecidos.
Nossa sintonia é tão fina que eu desligado, só percebo quando você me alerta que colocamos roupas da mesma cor, lembramos de coisas incríveis ao mesmo tempo e quando um demonstra um desejo o outro vem com a ideia certa e pronta.
Treze anos e eu poderia ficar escrevendo palavras, linhas, páginas e até um livro desse nosso companheirismo a toda prova.
Acho que essas palavras são suficientes para marcar a data.
O resto vem depois, veio antes e virá a cada momento em que continuarmos respirando o mesmo ar, olhando na mesma direção, para os mesmos objetivos e coisas, tendo os mesmos ideais.
Se eu escrevesse só três palavras, com a força que eu as sinto, elas seriam suficientes para dizer tudo.
Eu te amo!