“Para entender nós temos dois caminhos: o da sensibilidade que é o entendimento do corpo; e o da inteligência que é o entendimento do espírito.
Eu escrevo com o corpo.
Poesia não é para compreender, mas para incorporar.
Entender é parede; procure ser árvore.”
No fim da tarde, nossa mãe aparecia nos fundos do quintal: Meus filhos, o dia já envelheceu, entrem pra dentro.
Escrever nem uma coisa
Nem outra
A fim de dizer todas
Ou, pelo menos, nenhumas.
Assim,
Ao poeta faz bem
Desexplicar
Tanto quanto escurecer acende os vaga lumes.
Sou mais a palavra ao ponto de entulho.
Amo arrastar algumas no caco de vidro,
envergá las pro chão, corrompê las,
até que padeçam de mim e me sujem de branco.