O nosso sangue ergueu as piramides
Somos como cães andaluz
A mastigar suas correntes
Conhecemos bem o peso da cruz
Pintar o céu
Engolir uma estrela
Fotografar o silencio
Sorrir com os olhos
Embriagar se com música
Vestir o corpo com outro corpo
Cobrir de beijos a tua alma
Sussurrar em seu peito
De pertinho pra contra efeito
Sejamos ateus, teístas, cristãos, católico, espiritas, judeus, umbandistas e tantos outros, independente de nossas crenças ou não crenças sejamos primeiramente humanos.
Em meio ao fogo ao som de tambores, ela dança como uma feiticeira dos mares, com seus lábios incandescentes e hipnotizantes olhares.
Mar de ilusões, a tinta fresca sobre as ondas a cortar os sonhos dos marinheiros.As marcas dos remos nas mãos sofridas, a decepção dispersa nos olhos perdidos em meio ao mar.O ouro prometido, a libertade que nunca chegará
Praia
drinks no bar
Ela só de mini saia
e aquele jeito de dançar
Pés na areia e a cabeça na lua
e eu procurando um jeito de me aproximar.
Da sua mesa, do seu corpo, do seu mundo
A noite caminho sobre fagulhas de fogo
Bêbado como um barco
O infinito transpassa meu corpo
Eu observo as carruagens entre a neblina
O som metálico de suas rodas ecoa pelas ruas
Solidões dançantes
Ninguém se entende
nesse mar de gente
Correnteza que arrasta corações
e esvazia garrafas
e tantas solidões amontoadas
que a coragem de se entregar
é uma lenda urbana
fumando cigarro na sacada