Viver é não mais viajarmos sós
sobre os nós
de alguma sagrada aliança
mas sim desatá los, libertando a esperança
Vinhas
com as mãos a abarrotar
de estrelas
e eu te esperava
com o orvalho da noite
e o alvorecer das rosas
urgentemente
Deixa me um sinal
pressentido
entre o vácuo e o manto!
ou o mar!
ou o vento!
ou as velas do meu barco
parado algures
no inevitável
porto das esperas
Neste íntimo torpor
em que tudo parece ser,
a vida se esbate
num fingimento de existir
Tudo de belo á nossa volta
é poalha de sonho ou ilusão