Luan Teles

O amor é a palavra que descreve tudo aquilo que nos traz um imensurável sentido de viver.

VELHO AMIGO JOSÉ
Ôtro dia deparei me
Com perpréxa ideia
De achá que tinha achado
Insabido de sabê
Vi me perdeno sem achá
Já não sabeno encontrá
Tarvez um tanto senti
Pra saber o que procurá
Neste arfabeto númerado
Donde o zero vem primeiro
A ideia se fez múltipra
Difundindo in saber
Precisei de tropeçá
Pra notar que eu tava de pé
E sabê devagarzinho
Que o sabê só vem a pé
Agora acredito em Sô José
No seu pai e sua fia
E que não existe mais sadia vida
Que na simpricidade da companhia
Agora acredito, Sô José
Quando novo se fez crente
Não desses “mêi doente”
Mas dês que leva alegria pra gente
Ah, Sô José
Eu não sou José
Ocê que não se fez de fíliz
Ocê que se fez fíliz
É ocê que fez..
A si.

No amor eu aprendi.
Não importa de onde outro coração vem, mas, importa se outro coração consegue se comunicar com o meu.

Já passaram muitas pessoas no meu coração ao longo da minha vida, já ficaram muitas coisas na minha vida ao longo da minha história.
Foi em um dia qualquer que minha vida passou a não ser só minha e a vida de outra pessoa passou a ser minha também e isso foi ainda algo mais importante.

Agora estou caminhando Meu caminho se chama sonho.
Nele há dois grandes amigos, o Erro e o Acerto; Estes meus amigos raramente me deixam só, tão quanto raramente estão juntos.
Quando estou com Acerto me recordo de minha mãe, sinto felicidade e aconchego.
Quando estou com Erro me recordo do meu pai, sinto franqueza junto a um sentimento forte que varia de acordo com meus atos.
Este caminho fica belo quando atendo ouso os conselhos daquele que me lembra meu pai.

Uma música pode mudar sua maneira de agir, seus amigos podem mudar sua maneira de agir também mas acredite, de alguma forma nada pode mudar o que você verdadeiramente é, você pode se encontrar sempre dentro de você.

Se existir realmente amor entre duas pessoas, quero te amar.
Se eu acreditasse no casamento, sonharia em me casar com você.
No entanto, eu acredito no querer, e por isso vou me esforçar para continuar a estar com você.

Outro aprende se alguém cria; tudo que se faz pode ser desfeito; um grande amor também acaba e tudo se expande em um pensamento.

Escura desavença
A minha desavença foi nomeada
Antes que me fora dado o nome.
Por mais que me esforce,
Acima de mim se encontra.
Me abandona todo o dia
Com toda santíssima ignorância.
Encobre com sorrisos sua falta de ternura.
Seu compromisso é egoísta.
Há quem já não suporte senti lo,
Preferindo cobrir a cabeça.
Suportando o negro no canto da casa,
Suportando a dor do tempo.
Prestemos ao característico olhar,
Que chicoteia até mesmo o coração armado.
Levando remorso a inocentes,
Fazendo os desejar arriscar para o desconhecido.
Resta o profundo pesar.
Não encontrei a lança para aquele peito
Que meu braço manso,
Se aleijaria a carregar.
O jus malhete deste clarão
Encontra todos diariamente,
Fazendo arder o peso invisível
Que por hora, não admitimos carregar.
Sua misteriosa face,
Queima os olhos no atrevimento vislumbrar.
Curta e grossa sua filosofia,
Fala ligeira, sem titubear.
Segue melhor o coração humilde,
Marcado por sua nuca escura,
Permitindo se ficar de pé,
Se bastando em ser o que pode.

Há quem saiba saber
Há quem vê a vida assim,
Meio preto e meio branco.
Há quem sente a vida assim,
Como se fosse o preto no branco.
Houve quem sentia a vida assim,
Meio triste e meio feliz.
Há quem notou a vida assim,
Como se fosse a tristeza na felicidade.
Talvez haja quem sinta isto aqui,
Parecido com o que carrego no peito.
Quem sabe alguém note o meu profundo ser,
Que anda meio assim, assim

Um Pouco Daquilo
São destes carnavais e penumbras
Com voz amiúde a fraudulenta,
Destas que enganaram o coração e alma
E tudo de toda carcaça.
São destas marginais e linhas
retas, paralelas ou curvadas
Que corri, andei, saltei e caí
Ou até mesmo fiquei, vezes outras.
Já ouvi dizer bastante:
“quem cai sete levanta oito”,
Você não vira quem foi empurrado
E depois bastou se de rastejar.
É que a chuva não acalma todo dia
E a nuvem nem sempre é branca,
Melhor se fosse sempre cinza
E não nos enganasse nunca.
Se as montanhas não foram dadas prontas
Pena de mim que não era, ou serei sempre.
O que me resta é cuspir palavras
E rezar para que o chão não as seque.
Pois estou a matar me com boa intenção
Como muitos já fizeram antes de mim,
Com a má fé de que possa haver vida
Logo após o sacrifício.
Sacrifício que Severino conhecia bem
Que o fizera perder norte e sul.
Mas o leste solva o sonho do homem
De lá, todos os dias, nasce o sol.

A natureza do homem consiste em enxergar o vento e degustar a água, mas desgostoso é ver o pôr do sol e não entender a vida.

Não há quem sinta amor e não conhece um pouco de Deus.

Um dia a gente aprende, que não se deve mudar nosso jeito de ser passando por cima de nossos sentimentos, sem antes compreendê los.

O homem nasce condenado a cuidar de si mesmo.