Cada um de nós, em nossas vidas, temos nossos valores, que podem ser família, amor, amizade, felicidade, espiritualidade, sucesso, saúde, paz, entre tantos outros.
Divididos eles estão em prioridades, cada um ocupando seu espaço dentro da gente.
Os espaços que eles possuem formam a nossa totalidade, sendo preenchidos, fazem com que nos sintamos completos, realizados.
Por mais que tenhamos, estaremos sempre em busca de algo, e colocamos neste objeto de desejo que pode ser qualquer coisa toda nossa expectativa de nos sentirmos felizes.
Temos que ir, temos que deixar, é o que move a nossa vida.
É o que faz a diferença entre estarmos vivos e nos sentirmos vivos.
Nos faremos surdos aos apelos de "Você tem tudo, porque vai atrás disso " "Vai deixar tudo que tem por uma coisa assim "
É o que nos faz ter a ilusão de preencher o espaço vazio que nunca será.
Pode parecer ruim essa eterna procura, mas olhando atentamente veremos que essa busca é também o que nos traz os grandes pensamentos, as grandes descobertas, as transformações a evolução.
Logo de manhã, ao acordar, a menina se punha de pé, colocava seu vestido, abria suas janelas e saia rodopiando.
Não precisava de música, a música estava nela.
E o sonho estava nela, e ela toda era paixão.
A nossa própria, individual.
Pode não valer muito para os outros, eles nunca entenderão.
Porque isso é nosso.
É a nossa busca, o nosso desejo, a nossa salvação.
Transcenda do seus limites, e creia: Não há limites!
Seja o primeiro, seja o espelho em que muitos se inspirarão!
Mas aí entra um tipo de maldição.
Do barro em que fomos criados, alguma pedrinha diferente foi juntada, ou então tirada, quem sabe sem querer, ou por querer um capricho à mais do Oleiro.
Todos começaram a comentar entre si a novidade da menina que espalhava o vento.
E o mundo conheceu o que era o movimento!
E quantas vezes abrimos mão desse um por cento.
Quantos um por cento já se foram, por nossa falta de coragem, por nos deixarmos convencer de que não é tão importante, de que podemos viver sem.