Faz mal aquele que, por fraqueza ou piedade – muitas vezes por vaidade – alimenta nossos sentimentos infundados.
Quem nos olha nos olhos e diz a verdade merece nosso respeito.
Demonstra respeito por nós, ainda que nos magoe.
Se eu fosse mulher, tivesse 30 anos e não estivesse num relacionamento sério, minha lista de planos para 2014 começaria com quatro palavras: arrumar uma relação legal.
Acho que o romantismo pueril disseminado à nossa volta (em conversas, filmes, novelas, livros e até colunas da internet) nos transforma em criaturas passivas diante da nossa própria vida.
Não é raro que se tenha inveja desses sedutores solitários, mas suspeito que eles, de vez em quando, também gostariam de ser diferente do que são.
Imagino, claro, que a mulher de 30 se parece comigo na idade dela: meio carente, um tanto romântico e cheio de planos para o futuro.
Planos, que, no meu caso, incluíam alguém para partilhar a vida.
Mas, se você sente que não nasceu para circular de forma autônoma, se você, no fundo da sua alminha inquieta, percebe aquele desejo ancestral de acasalar e (quem sabe ) fazer família, temo que a única solução para 2014 seja procurar um par.