O conhecimento do próximo tem isto de especial: passa necessariamente pelo conhecimento de si mesmo.
A vida de uma pessoa consiste num conjunto de acontecimentos, dos quais o último também poderia mudar o sentido de todo o conjunto.
Não podemos conhecer nada de exterior a nós próprios que nos supere ( ) o universo é o espelho em que podemos contemplar apenas o que aprendemos a conhecer em nós.
É como um poço sem fundo.
Voltamos a sentir o apelo do nada,
a tentação de cair,
de nos rejuntarmos
a uma obscuridade que nos convoca.
Só depois de haver conhecido a superfície das coisas é que se pode proceder à busca daquilo que está embaixo.
Mas a superfície das coisas é inexaurível
[Retirado do livro Palomar]