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Gustavo Lacombe

TEXTO:
Vou te complicar.
No próximo abraço, pequena, vou te apertar mais que o costume e vou fazer tua boca encostar meu pescoço.
Ali, duvido que teus lábios resistam à tentação que a eles se oferece.
Do beijo premeditado, vou dizer alguma coisa no seu ouvido que vai ecoar pela sua cabeça e descer, lentamente, como uma mão atrevida passeando pela barriga até o pé.
E depois eu troco de lado, sussurro outro segredo pra compensar o peso.
Cada orelha leva uma mordida, uma confidência e um arrepio.
Vou dificultar as coisas pra ti, moça bonita.
Assim que te pousar – no próximo abraço vou arrancar seus pés do chão – vou encarar seus olhinhos que já terão se aberto depois daquilo.
Cronometrando os segundos em que mantemos contato, num passe de mágica vou sumir com o mundo ao redor.
Não importa em que condições climáticas ou emocionais nos encontremos, só restará eu e você no ilusionismo da atração.
Aos poucos, num redemoinho, tudo volta ao lugar.
Meus braços, relaxando, começam a soltar o seu corpo.
Vou te decifrar mais a cada instante.
Com medo que eu te descubra e te apresente a cura (apesar de não existir mal nenhum), você vai ensaiar um passo pra longe, uma repulsão instintiva de quem se sente caçado.
Tua mãos, entretanto, ainda comigo em contato, vai ser puxada de volta num leve gesto de quem não quer te deixar ir embora.
Agora de costas, ou meio de lado, meio torta, vai evitar me olhar.
Nessa hora eu não prometo estar sem sorrir, menina.
E quem foi que disse que eu deixaria tua presença feminina, que me desperta e contamina meu ar com um essência tão boa, rapidamente se afastar.
Vou te quebrar.
Talvez você não entenda de onde surge a vontade onde só existia medo.
Espera o pior de mim, e é bom mesmo que fique esperando.
É que mudou alguma coisa, não em mim, mas em nós.
E seria tão melhor se tivesse ficado como estava, né Não.
Seríamos cada metade da história vagando por aí, pequena, sem ao menos ter o vislumbre de imaginar para onde escoa esse sentimento.

TEXTO:
Se eu fosse você, continuaria me preservando.
Sabe por quê Porque se entregar ao amor é doloroso.
A gente dá a cara pra bater e apanha, sendo recíproco ou não.
Até mesmo quando correspondido, a outra pessoa desliza, comete um erro.
Quem nunca erra Me diz.
Quem é tão perfeito assim que não provoca uma briga, não sente um ciúme Acaba, num momento infeliz, falando ou fazendo uma besteira Quem
Fica na sua, procura outra pessoa.
Esse que tá aí atrás de você Esquece! Quem desperdiçou uma chance não merece a segunda.
principalmente se você ainda sente alguma coisa.
Porque ela sabe, e vai continuar agindo do mesmo modo.
Quem acredita que o outro mudou é otário.
Ninguém muda! Somos todos iguais na essência e nos mantemos os mesmos.
Vide ele: egoísta, mau caráter e um bom mentiroso.
Nunca mudará.
Aproveita e apaga o que vocês já passaram.
Até as lições.
Tanta coisa pra você guardar e vai levar as burradas que foram feitas só pra, lá na frente, lembrar dele É, porque se você se recordar da situação, vai acabar lembrando dele.
Então, arranca tudo de vez.
O que foi bom, o que foi ruim e o mais ou menos.
Ninguém precisa de coisas mais ou menos ou mornas.
Agora, eu tô falando o que eu faria.
Mas, você sabe, conselho se fosse bom, a gente venderia.
E eu to falando isso tudo porque eu gosto de você e não quero te ver sofrendo.
Continue, cara.
Se preserve.
Porque o amor – essa coisa nociva que faz a gente dar segundas chances a quem não presta – só serve pra nos fazer quebrar a cara.
De novo, de novo e de novo.
Não insista.
Preserve se.

TEXTO::
Por Todas as Vezes Gustavo Lacombe
Quando você dizia tchau e ia desligar o telefone, dava vontade de dizer te amo e ver se as palavras ainda conseguiam chegar antes que apertasse o fim da ligação.
Quando você ficava me olhando muito tempo, dava vontade de dizer te amo e ver se os olhos brilhariam tanto quanto os meus naquela hora.
Quando você saía do meu carro e ia embora, dava vontade de dizer te amo e ver se você ouvia antes de bater a porta.
Quando você ria comigo, dava vontade de dizer te amo no meio da graça pra ver se dava tempo de acabar a piada e entrar logo no romance, meu e seu.
Quando você implicava comigo, dava vontade de dizer que te amava mesmo daquele jeito irritante, só pra ver se você implicava mais e provava que quem muito implica também ama.
Quando você me via e logo abria um sorriso, dava vontade de dizer eu te amo só pra tentar escancarar mais ainda os seus dentes.
Quando você se agarrava em mim no escuro dos nossos quartos, dava vontade de dizer te amo pra ver você ainda mais feliz ali comigo.
Quando você acordava comigo, não tinha vontade nem de dizer bom dia, mas um eu te amo de café da manhã com gosto de suco de laranja e bolo.
Quando você me respondia uma mensagem, falando seja lá o que for, dava vontade de responder eu te amo pura e simplesmente assim, por ser aquela a maior verdade da minha vida.
Por todas as vezes que eu tive vontade de dizer eu te amo e não disse, eu digo agora:
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Rabiscado num caderno algumas palavras que, mesmo amareladas pelo tempo, ainda traduzem um mais que atual sentimento.
Meu riso ainda tem (muita) sorte de ter você como razão, explicação e motivo.