O amor próprio aumenta ou diminui as qualidades dos nossos amigos na exacta proporção da satisfação que eles nos dão e nós julgamos o seu mérito pelo modo como eles se dão connosco.
Há pessoas cujo único mérito consiste em dizer e fazer tolices úteis, e que estragariam tudo se mudassem de conduta.
A arte de bem saber utilizar qualidades medíocres desencadeia a estima e dá mais reputação que o verdadeiro mérito.
Quando exageramos a ternura que os nossos amigos sentem por nós, é quase sempre menos por reconhecimento, que pelo desejo de valorizar o nosso mérito.
Há pessoas que a sociedade aprova, cujo único mérito consiste nos vícios que servem ao comércio da vida.
Nada lisonjeia mais o nosso orgulho que a confiança dos grandes, porque a olhamos como uma consequência do nosso mérito, sem pensar que, na maior parte das vezes, se deve à vaidade ou à incapacidade de guardar um segredo.