Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.
Perdoo facilmente as ofensas, mas por indiferença e desdém: nada que me vem dos outros me toca profundamente.
Li um dia, não sei onde
Li um dia, não sei onde,
Que em todos os namorados
Uns amam muito, e os outros
Contentam se em ser amados.
Fico a cismar pensativa
Neste mistério encantado
Diga prá mim: de nós dois
Quem ama e quem é amado
Olha para mim, amor, olha para mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.