O Espectro
Anda um triste fantasma atrás de mim
Segue me os passos sempre! Aonde eu for,
Lá vai comigo E é sempre, sempre assim
Como um fiel cão seguindo o seu Senhor!
Tem o verde dos sonhos transcendentes,
A ternura bem roxa das verbenas,
A ironia purpúrea dos poentes,
E tem também a cor das minhas penas!
Ri sempre quando eu choro, e se me deito,
Lá vai ele deitar se ao pé do leito,
Embora eu lhe suplique:Faz me a graça
De me deixares uma hora ser feliz!
Deixa me em paz! ” Mas ele, sempre diz:
“Não te posso deixar, sou a Desgraça! ”