Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria.
Não existiu morte para o que nunca nasceu
Quem nos deu asas para andar de rastos Quem nos deu olhos para ver os astros Sem nos dar braços para os alcançar !
Sou bem diferente, sou, das outras mulheres todas.
Eu quero antes os meus defeitos que as virtudes de todas as outras.
Conheço maus, egoístas, estúpidos, velhacos, desgraçados, indiferentes, mas santos não os conheço, e creio bem que não é espécie oriunda desta terra.
Digo o que penso e, muito simplesmente enuncio factos pois que, apesar de poetisa, ligo bem maior importância aos factos do que às palavras por bonitas que sejam.
Palavras são como as cantigas: leva as o vento.
A ociosidade é a mãe da maledicência, da calúnia e da intriga, coisas a que eu já não sei se hei de chamar vícios se virtudes, tão habituada estou a vê los morar em lábios tidos como santos por este mundo que é com certeza o melhor dos mundos possíveis e imagináveis.