Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: Aqui além
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente
Amar! Amar! E não amar ninguém!
Eu não sou como muita gente: entusiasmada até à loucura no princípio das afeições e depois, passado um mês, completamente desinteressada delas.
Eu sou ao contrário: o tempo passa e a afeição vai crescendo, morrendo apenas quando a ingratidão e a maldade a fizerem morrer.
Eu tecerei uns sonhos irreais Como essa mãe que viu o filho partir; como esse filho que não voltou mais!
“Minha alma de buscar te anda perdida
Os meus olhos andam cegos de te ver
Porque não és sequer a razão do meu viver
Já que tu és toda a minha vida ”
“Sou uma céptica que crê em tudo, uma desiludida cheia de ilusões, uma revoltada que aceita, sorridente, todo o mal da vida, uma indiferente a transbordar de ternura.”
“Os livros é o remédio que eu sempre receito e quase sempre dá um resultado razoável.
Ponho em jogo o egoísmo humano, e lembro me de que sempre há de consolar a nossa dor o espectáculo da dor dos outros ”
Entusiasmo me às vezes, mas dura pouco o entusiasmo; isto enquanto a sensações e pensamentos, porque com os sentimentos é o contrário, infelizmente para mim.
Tenho o pouco juízo e a patetice de ser constante; não é isso uma desgraça
Por aquela tão doce e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão
Apesar de tudo, a loucura não é assim uma coisa tão feia como muita gente julga.
Há tantas loucas felizes!