Cada vez que o rouxinol Paul, a coruja verlaine
me apelidam de anjo Arthur, demónio rimbaud
escondo me na toca do bosque verde e ouço a
natureza a comover me!
ainda quebras o cheiro
das plantas apaixonantes
desdobrei as no martírio
como envenenamento da minha triste escrita
olhei me sob o deserto silêncio azul esmalte
à procura, resoluto, da selva espalhada no desprezo
em que meus olhos vergastados navegaram
E lá me passeio
no frémito ferido
pelos redutores
picos da Saudade! quem é ela
A Saudade
É a fusão da compaixão com o ardor da
intrépida dor
quanto menos sangrar da metal matéria mais
intervalos componho nas constelações com a etérea
maneira felicitar.
Balanço me feito túnica
de cortinas a cordas de violino a estalar,
marco o compasso entre véus a sopros de flauta
e nesses púdicos lugares eternizo me dançarino.
É inexplicável como sou iníquo por não me
conseguir sentir boiar em minha carne abandonada
e a lâmina que a vai cortar anda aos rodopios nas
margens do ribeiro dormindo rachado até magoar.
já que atravesso abstractas conchas de enxofre
despeço me gradualmente dos pequenos pedaços de
carvão que ressoam obtusamente como lúmen dentro
da sua ardência.
Pus me em cima duma coagulada faca p’la ideia de
colher a verdade p’ra lá da aberta janela em que
a voragem colhe comigo os mimos dum fatal paraíso
tropical.
morre neve lá fora como uma espécie de absorvente
barro, no entanto, se eu estivesse no decurso da
cor do adro faria me rosa pérola glaciar.
Ouço cântaros a darem gargalhadas enquanto anéis
em ruído fincam se nos violinos calados.
Nada
real acentuará ser isto, lógico que a poeira que
piso desamarrará tal malha com isco.
A
civilização é clandestinamente isto.
O vale sacode nuvens ao sol de teus olhos
A floresta deflagra exibidas criaturas
O pasto afia lápis nos felpudos repolhos
As corolas sábias fazem se linguarudas