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Emerson Castro

Alguns de nós não tem o direito da escolha, alguns nascem como que destinados a ter sua vida abreviada, por ato próprio.
Maktub Não acredito.
Não saber o fim da jornada, mas ter ciência da fragilidade dela pode nos tornar melhores, ou levar nos ao reverso do caminho.
Encontrei um domingo cinza hoje, pensando em quando encontrarei o fim da minha caminhada.
Não temo a morte, mas tenho pavor de morrer.
A morte nos remete ao "estar lá".
É o momento em que já fizemos a passagem.
Morrer pressupõe dor.
Sempre fui frouxo pra dor.
Quando o abraço derradeiro vier, que venha rápido, num lampejo.
Uma explosão de luz, sem dor, nem sabor.
Um mergulho sem fim, sem pára quedas rumo ao éter.
Flutuar anestesiado abraçando o esquecimento, e algumas memórias dos que amo E que tiveram a paciência em me tolerar.
Esse domingo cinzento, resume bem meu estado de espírito.
Triste pela lembrança de um amigo que se foi, dono de uma mente brilhante, vítima de escolhas erradas e de seus excessos.
O desperdício daquela genialidade que, de tão grande, findou por destruir o corpo sempre fraco do menino.
Como um "software" cuja potência sobrecarrega o "hardware".
Acho que assim devem ser os loucos.
Tão intensos, tão enormes em paixão, mas com corpos que não tem o mesmo gigantismo.
Se perdem em outro universo.
Enxergando o que não vemos e vivendo o que jamais viveremos.
Não cabendo em sí de tão imensos.
Buscando, equivocadamente, libertar se da matéria destruindo a para, ao fim, assumir o tamanho do infinito.
Van Goghs da vida.
Geniais e únicos.
Trazendo revoluções e construindo, em suas loucuras, o mundo que nós chamamos de lar.
Cumprindo seu papel e partindo para outras revoluções.
Prefiro os loucos.
Eles tem o conteúdo do Inesperado.

Deus é Ar.
Hoje a tarde, minha dendê, soltou uma exclamação ao ver um avião sobrevoar nosso carro no centro da cidade:
Ainda fico admirada de ver um troço assim voar!
Aquela frase me tocou.
Como pára quedista que fui, disse pra ela que aquela massa absurdamente pesada e desengonçada voava devido ao AR e a aerodinâmica.
Tentei explicar princípios básicos de massa, matéria, empuxo e resistência.
De repente me veio a mente a descrença que algumas pessoas tem em Deus.
Deus é ar.
E a Fé é a nossa aerodinâmica.
Difícil fazer alguém entrar num avião se não confiar nesse princípio da física:
O AR e a aerodinâmica fazem o avião voar.
A Fé nos faz crer em Deus.
Não vemos o ar.
Podemos senti lo, percebe lo, mas não o vemos.
Temos que CONFIAR.
Aos mais insensíveis, não enxergamos Deus.
Já quem tem Fé, o vê em todo o lugar e em todos os momentos.
Os pilotos vêem o ar em tudo.
Confiam nele.
Tem a certeza de que sua ação, fará suas aeronaves voar.
No balançar das folhas, no movimento das nuvens, no vôo de um avião, os pilotos vêem o Ar.
O que faz um avião voar não é o motor, é o AR.
Carro não voa.
O que nos faz crentes não é Deus, é a nossa Fé.
Deus existe para todos, mas se faz presente para quem N'ele Confia.
Um aluno Confia que vai aprender através do professor.
Um filho confia que está protegido pelos Pais.
Um paciente Confia que ficará curado pelo medico.
Em todo momento, somos testados a fortalecer nossa Confiança.
No que você Confia
No que você Crê
Um simples vôo de avião pode nos inspirar a Crer ainda mais em Deus.
Confiar em Sua Presença e Ação em nossas vidas.
Deus é Ar.
E, nesse sentido, mesmo para os mais descrentes, o AR é essencial.

Adulto reinventado.
Essa semana foi o aniversário da nossa filha, Sofia.
9 aninhos.
A pedido dela fizemos uma "tarde na piscina".
Ela não queria festa em Lugar alugado.
Quis apenas brincar com seus amiguinhos de sala de aula.
Pra variar, cheguei atrasado, após o início da festa, por estar trabalhando.
Mesmo assim, consegui entre um e mail e outro, uma ligação e outra e ainda tendo que sair da festa por duas vezes, observar minha filha.
Brincava com sua irmã e amigos de forma absolutamente a vontade.
Assim são as crianças.
Sem mascara, sem comportamento dúbio.
Externam sua contrariedade sem preconceitos, nem máscaras.
Quando não gostam de algo, fecham a cara, reclamam e pronto! 5 minutos depois a raiva já passou, pois não engoliram o que lhes fazia mal.
Na contramão dessa externalização, nós, adultos, sabedores das regras sociais que nós mesmos criamos, insistimos em "ensina las" a se comportar.
Aceitamos o que não devíamos aceitar.
Sorrimos mesmo contrariados.
Nos relacionamos com quem, as vezes, não gostamos.
Repetimos: filha, sente se direito, fale mais baixo, não aponte o dedo, abrace a sua irmã, beije seu irmão.
Ora, reservados os poucos e bons conselhos que damos, nós, adultos, temos muito mais a aprender com elas do que o contrário.
Você conhece crianças com gastrite nervosa
Doente por stress
Entrando em conflito longo com alguém
Pois é
Queremos ensinar, mas ao mesmo passo, não queremos aprender.
Pouco observamos de nós e consideramo nos ser um livro pronto, sem páginas em branco.
Considero que as crianças e os velhinhos são os seres mais próximos de Deus.
São mais genuínos, mais francos, mais amorosos.
Os velhinhos tem a sabedoria da vida
As crianças, a sabedoria da inocência, do amor puro, simples, desinteressado
E ambos, não aceitam o que lhes faz mal.
Nós, adultos, que rotineiramente, engolimos doses diárias de frustração e desamor.
Nossa frieza ante o sofrimento alheio não existe na tenta idade, nem no outono da vida.
Uma criança quando vê alguém pedindo ajuda, simplesmente vai lá e ajuda.
Não vira a cara e finge não ver.
Os velhinhos fazem bingos solidários, correntes de oração, bazares beneficentes
Regras de conduta
Ah, meu amigo, quem somos nós para querer ensinar nossos filhos
Não! Eu não prego a permissividade alucinada.
Não defendo que façamos vistas grossas à descortesia, ou alta de respeito.
O que chamo a reflexão aqui (a quem se der ao trabalho de ler) é que aprendamos na mesma medida com que queremos ensinar.
Seremos melhores pais, melhores mães, melhores como "gente".
Apregoo que tenhamos, ao máximo possível, uma só cara, um só comportamento e que passemos a nos importar com o próximo, na mesma medida em que esperamos a consideração alheia.
Que nos comportemos na rua e no trabalho, como nós comportamos em casa, com
Esposa e filhos.
Nosso fígado agradeceria e os corpos assolados por psoriases nervosa,s também
O que proponho é que nos reinventemos.
Que desconstruamos o adulto, para remonta los seguindo o manual que vem de fabrica.
O manual que vem direto de Deus.
O manual do Amor ao próximo.
Feliz aniversário minha Sofia!
Caso um dia venha a ler esses pensamentos, perdoe seu pai por ter brincado tão pouco no seu aniversário de 9 anos.
Um dia virei a ser seu filho.
Me tomará pela mão e me explicará coisas que eu teimarei em não aceitar ou entender.
Me levará a missa, ao medico, ao parque
E, se Deus tiver por mim misericórdia, você minha filha, terá em seu comportamento, a paciência e inocência da criança que é hoje.
Tentarei todo dia me REINVENTAR, segundo o seu manual.
Eu te Amo!

O CONTRATO DA INOCÊNCIA
Ontem nossa filha, Sofia, cobrou um passeio que havíamos prometido.
Na hora, a 1ª resposta que os pais normalmente usam, veio a mente e eu disse:
Hoje não, filha.
Estamos cansados.
Dito isso, logo veio a réplica, sem dó nem piedade:
mas mãe, você jurou de dedinho!!
Pronto!
Um MILHÃO de imagens e lembranças da infância vieram a tona, como que estivessem só esperando a hora da represa ruir, as lembranças da inocência aviltada fluíram, sem possibilidade de ser contida pela frieza do adulto.
Jurar de dedinho
A jura mais importante que há.
A expectativa de um compromisso inadiável, impossível de não ser cumprido.
É absurdo SEQUER cogitar a mais longínqua possibilidade de descumprir uma "jura de dedinho".
A jura de dedinho é a decisão "transitada e julgada" na suprema corte da infância.
É o oficial de justiça da inocência dizendo: CUMPRA SE
E como não deixar a preguiça de lado e, imediatamente, sem discussão ou diálogo, ir executar o mandado !
Os adultos não tem a mesma MORAL da criança.
Criamos cartórios, graus de jurisdição, câmaras arbitrais, defensorias públicas, etc etc etc
Tudo isso para que alguém diga para a gente, aquilo que, no fundo, sabemos ser nossa obrigação de fazer.
Quer porque dissemos que faríamos
Quer porque permitimos as expectativas surgirem no coração de outras pessoas.
Diferentemente dos contratos assinados obrigatoriamente por quem assina (como serviços de água e energia), a "juras de dedinho" são opcionais.
Mas uma vez feitas, CUMPRA SE.
Jurar de dedinho
Ah, minha filha, que inveja do mundo ordeiro em que vocês vivem.
Cá desse lado do muro, das décadas de mentiras sendo introjetadas na mente e coração do adolescente e depois do adulto, o buraco é mais embaixo.
Hoje em dia, nem decisão judicial se cumpre.
Votos de confiança são quebrados sem a menor hesitação.
Amores são destruídos e a amizade se tornou conveniência.
Ok, minha filha.
Jurei tá jurado.
Vou cumprir de livre e expontânea "obrigação" de vontade.
Porque te amo.
Mas acima de tudo, porque a SUA lei é boa e não merece ser adulterada.
A jura de dedinho é a maior expressão da lei na infância.
Cumpro minha sentença com alegria.
E se um dia eu ousar pensar em descumprir, determine que seu pai velho o faça sob vara.
Com as armas que você conhece:
O cassetete da inocência e as algemas da esperança.