Carpe

Chegará um tempo, na vida de alguns ou até de muitos, que as incertezas vividas no passado vão fazer com que certos momentos futuros se tornem duvidosos.
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Viverão noites com extensas perguntas internas feitas para si mesmas, e na falta das respostas, a insônia aparecerá, deixando os com uma ansiedade capaz de fazer qualquer espera se tornar eterna.
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E a cada minuto passado, são milhares de pensamentos que se passam na mente de quem busca por uma saída durante esse grande mistério que é viver, sentir E às vezes, como dói sentir.
Como machuca ter que conviver com certos sentimentos, principalmente no dia que a palavra amor começa a ser vinculada com dor.
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Uns vão se perguntar se existe algo de errado consigo mesmo, já outros, vão acreditar que amor não é para si.
E muitas dessas interrogações e exclamações serão consequências de inúmeros pontos finais.
Por todas as vírgulas vividas de forma cansada, muitas das vezes sendo empurradas até à reticência.
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São amores que não deram certo ou viveram no tempo errado; Abraços que se encaixaram mas por algum motivo tiveram que ir; Olhares que não condizem com o que a boca fala; Promessas que foram quebradas de forma silenciosas pelas barulhentas atitudes; Expectativas que não mereciam passar daquele segundo perdão.
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Tudo isso acontece quando não se pensa que jamais irá acontecer.
E ainda pior, é quando já aconteceu, e passa a acreditar que será diferente dessa vez, e no fim, nada mudou.
E durante o essas mágoas, muitos se desconhecem, onde a única vontade é se renovar, embora o sentido da vida seja envelhecer.

É que essa pisciana sempre foi essa menina doida, perdida no mundo, vivendo por amor.
que escreve coisas sem pensar, que fala com os olhos, que grita com o corpo é que eu nunca sobe lidar com a vontade, a saudade e a ausência, não sem surtar, sem confundir, é que ela é feita como um cão que se sente abandonada se o amigo demora pra chegar, pra afagar, ela fica inquieta, acuada, aflita, afoita.
é que o seu coração é um vulcão em erupção, à queima, explode, machuca.
escorre lava pelas veias.
é que esse é o seu jeito, não sabe se existe de outra maneira.
sangra fácil, se mutila, chora sozinha, tem medo.
é que ela também sabe que o ontem passou, mas acredita que o hoje terá vestígio de ontem, e o amanhã é fruto de hoje, então o ontem ainda à dói.
é que ela tem uma visão tão doce do mundo, mesmo quando ela se irrita ou implica de graça, mesmo quando a porrada é tão forte que a atira no chão, suas lentes de contato são feitas de açúcar.
É que ela sabe que as vezes é tão louca que assusta, tão triste que a preocupa, tão intensa que a surpreende, tão sentimental que a enjoa.
é que ela nasceu pra transbordar, pra alastrar.
sua mãe sempre dizia: é fogo te aturar, menina.
pois é, mamãe, Essa pisciana brasa.
é fogo.
é chama, é um incêndio; ela é sua filha e eu sou pisciana.