Lentos dias se acumulam Como vão longeOs tempos de outrora.
curta noiteperto de mim, junto ao travesseiroum biombo de prata
Em rincões e esquinasfrios cadáveres: flores de ameixeira.
Chegado para ver as flores,sobre elas dormireisem sentir o tempo.
O velho calendário enche me de gratidão como um sutra.
A sensação de tocar com os dedos oque não tem realidade, uma pequena borboleta.
Lentos dias se acumulam Como vão longe Os tempos de outrora.
Brilho da lua se move para oeste a sombra das flores caminha para leste.
Sinto um agudo frio: no embarcadouro ainda resta um filete de lua
Chegado para ver as flores, sobre elas dormirei sem sentir o tempo.
Partem os barcos Como ficam distantes Os dias de outono!
O crisântemo amarelo sob a luz da lanterna de mão perde sua cor.
O ruído de um rato sobre o prato como resulta frio!
Frio na alcova ao pisar teu pente, minha esposa morta
Em rincões e esquinas frios cadáveres: flores de ameixeira