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bruno estevam

SE
E se você tivesse ido
Como teria sido
Se tivesse falado tudo àquilo que pensava Na lata!
O que teria acontecido
Se estivesse causando em vez de escondido
Como seria
Se naquele bom dia, tivesse sorrido
Se não tivesse ficado calada
E se tivesse corrido, em vez de deitado
Se o seu foda se tivesse ligado
O que teria feito O que teria dito
Se pudesse decidir ser você,
desde o princípio, seria o quê
Se pudesse ser o que quisesse
Tipo, Homem Aranha, astronauta, comissária de bordo,
professor de artes, vendedor de tapete em Angra dos Reis,
seria feliz
Se pudesse desenhar seu próprio caminho a lápis, errando e acertando,
sem que ninguém lhe apontasse o dedo,
pra fazer o que de bom acordaria mais cedo
Se tivesse coragem de chegar sem medo,
em quem chegaria
Se você descobrir, do dia para noite, que pode fazer um monte de coisa
que antes você não podia Faria o que tem de ser feito
Se descobrisse que você, por mais conhecido que seja, não é o centro das atenções Ainda sim, se preocuparia
Se descobrir que, se você pintar seu cabelo de verde, as pessoas vão até olhar, mas o mundo vai continuar sendo mundo.
Que se você cometer uma gafe, o mundo vai continuar sendo Mundo.
Que se você fizer sucesso, alguns irão gostar de você, outros vão te xingar, e o mundo vai continuar sendo mundo.
Se te esquecerem, o mundo vai continuar sendo mundo.
Se descobrisse, que independente do que você faça, dos seus medos e das suas escolhas, o mundo iria continuar sendo mundo, faria o quê

Mãe, além do substantivo
Mãe não pega o jeito, já nasce pronta.
Mãe não fica sabendo, ou não chega depois, de alguma forma e não se sabe como, ela já sabe e já está lá.
Mãe não mente, diz que na volta a gente compra e não se fala mais nisso.
Mãe não avisa, prevê.
Mãe arruma a gente, mãe arruma um jeito.
É brigando com a mãe que se aprende a perdoar.
Afinal, com mãe a gente não rompe, só fica de mal.
Mãe é a melhor companhia para ir ao pronto socorro.
Se a gente não sabe o que tem, ela provavelmente deve saber.
O pediatra só passa a receita, ela constata: “Eu falei, isso aí é virose, vamos passar na farmácia”.
Mãe pergunta só pra cumprir protocolo, por educação, na verdade ela já sabe de tudo.
Tanto é que quando pergunta, pergunta afirmando: “você bebeu, né ” “você passou essa camiseta ” “seu quarto tá limpo ”
Mãe não ameaça, fala que vai sumir de vez qualquer dia desses.
Mãe tem um dom metafísico que transcende a natureza das coisas: não importa se você perdeu algo, ela vai achar e vai esfregar na sua cara.
A ciência ainda não explicou esse tipo de fenômeno, mas os cientistas estão trabalhando nisso.
Mãe não cabe em prosa, em verso, nem em música.
Não tem começo, meio e fim.
Mãe a gente não lembra, a gente leva.
Lavoisier disse uma vez que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.
Com mãe não é diferente.
Mãe é um papel que vai um pouco além do pra sempre, um pouco além, porque parece que até o pra sempre, sempre acaba.
A mãe não.