Abre o camponêssulcos de arado na terra:no seu rosto rugas.
Um pombo no martraz ao bico verde ramo:terra à vista
Cercada de verdeilha na hera do muro:uma orquídea branca.
Coruja na cumeeiraarrepia no seu canto a viúva reza.
De traje a rigoros urubus em meneiosbailando nas nuvens.
De manhã, a brisaencrespa o igarapée penteia as águas.
Fugiu me da mãono vento com folhas secasa carta esperada.
Em câmera lentapreguiça na imbaubeirapassa a outro galho.
Jogando a tarrafa caboclo desfaz a lua.Pesca estrelas de escama.
Já é quase dia e a lua brilha no lago.Ainda é primavera!
Maria fecha a porta ao toque do meu dedo: ah plantinha tímida
No embalo do vento palmeiras se abraçam: dois amantes
A cigarra canta o anúncio de sua morte formigas na contra dança.
Janela fechada: borboleta na vidraça dá cor ao meu dia.
Bem que me agasalho.Galhos sem folhas lá fora parecem ter frio.