Quase desperdício.Moscas sobre caquis podresSó o sapo come.
Jogando a tarrafacaboclo desfaz a lua.Pesca estrelas de escama.
Doceira na noitea negra sorriu:canteiro de estrelas
No céu enfeitado,papagaio de papel:também vou no vôo.
Regato tranqüilo:uma libélula chegae mergulha os pés.
Entre o capim secouma surpresa rajada:ovos de codorna.
Apenas um gestoe o homem é capaz de vida reparto o caqui.
Tempo de uiaúa:o rio onde os peixes nascemé o mesmo que os mata.
Açougue nas águas:piranhas esquartejam o boino meio do rio.
Teus olhos formamdas ázimas lágrimasrios que retornam ao mar
Na hora do rusho cheiro do incenso acalma:hare krishnas dançam.
No ocaso do outonosó o carrapicho grudana velha calça
Silêncio de outono.Nem o grito do carteiro cochicho de folhas.
Na casca amarelase esconde em vão a goiaba:tantos bem te vis
Susto na colheita:em vez do cupuaçucai a casa de vespas.