com três anos de namoro,
riscou o meu álbum
duplo de vinil:
Do Bob Dylan Não, não!
Garota rock’n’roll!
O “Blonde on Blonde,” não!
Garota rock’n’roll!
Era uma tarde como esta.
O vento brando
beija meu rosto esmaecido.
Namoro o inverno
na entrada da estação;
entre o trem e a plataforma,
ouço Bolero de Ravel
O tronco de concreto,
sem frutos, sem folhas,
a luz esconde
a liberdade,
não tem asas,
para o sol visto
de outro horizonte.
O mistério sem providência,
cobra imposto
sobre a alegria.
Sou caçado, torturado
e preso! Por só
negar tristeza!
A felicidade é um bem constante,
com você a todo instante,
dentro de cada momento,
que deixa passar, sem aproveitar,
em pensar não ser importante,
vai sem dizer, tente perceber,
que só damos valor,
antes de ter e depois de perder.
Perdas e despedidas.
Dividido em uma nova decisão.
A distância traz saudades
a dúvida deixa insatisfação.
Ah! Que saudades!
O meu bem!
Ah! Que saudades!
Da “Rua Das Ilusões Perdidas”,
que terminou, numa bela
e “Doce Quinta feira! ”
O dedo bate na corda do violão,
bate uma saudade!
As mãos batem no tambor,
bate uma solidão!
Estou no som da dor,
não há lamento no silêncio.
Coração por que me inquietas com tantas paixões,
já não basta bater, para manter, o meu corpo vivo
De passagem é o meu povo!
Coral de loucos apaixonados:
Liberdade aos corações aprisionados!
Salve o meu povo e suas paixões!