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Alice Andrade

Nasceu a lua – Matou me
O ano começa e eu estava decidida a entregar me aos estudos.
A ansiedade por conhecer pessoas novas e encarar assuntos mais complicados me fez está pronta em minutos.
Peguei a mochila que por sinal estava completamente fora da padronização da escola e me dirigi ao meu pavilhão.
Revi pessoas que marcaram minha vida, abracei as e apresentei me a pessoas novas.
Eu era típica menina melosa que ama abraços e ursos cor de rosa.
Não importava muito naquele momento.
Estava perfeito.
Até que olhei para a sacada do meu colégio e avistei alguém.
Senti calafrios e sorri ao ser chamada por minhas amigas para voltar à conversa.
Não me entendi.
A escolha da sala foi logicamente feita pela secretaria do colégio, mas por mais que eu tentasse não sentia nenhuma mudança.
O comportamento dos meus colegas era o mesmo, os professores passavam e me cumprimentavam, permaneciam com os mesmos cortes de cabelos e estilos de roupa dos anos anteriores.
As pessoas legais continuavam legais, as inteligentes continuavam inteligentes, as mais quietas continuavam sentando nos cantos da sala e os novatos tentavam se encaixar em um deles.
Eu especialmente era viciada por disciplina e tentava buscar a ordem.
As crises, as brigas e a falta de educação não tinham espaço perto de mim e logo percebi que eu fazia parte da “guarda de honra”.
Vinquei me, aperfeiçoei me e acomodei me no militarismo que tanto levanta o meu alto estima.
Deves está a pensar – Ela estuda em um Colégio Militar.
–Você está certo, meu caro!
Os dias foram passando e todos já estavam com saudade das férias.
Entraram de volta no ritmo e a vida voltou a ordem.
Eu não era mais a menina dos ursinhos cor de rosa.
Passei a ser temida e troquei os vestidos pelo meu fardamento que aos meus olhos era tão bonito quanto o resto do meu guarda roupa.
Eu me dedicava aos estudos a cima de tudo e não desprezava nada que pudesse me acrescentar.
Como todo bom colégio tinha que haver boatos, e a escolhida tinha sido eu.
Azar A palavra “Azar” tinha virado o meu sobrenome no final do mês de Julho, quando as aulas voltaram do recesso de São João.
Começaram diversos boatos e então decidi me queixar no “corpo de alunos” (Local responsável pelo comportamento disciplinar dos alunos).
Foi daí que conheci a lua.

Olá.
Essa semana eu tenho prova, e meu objetivo é apenas estudar.
Você vai trabalhar, mas deve ter dentista, almoço com os amigos e um encontro com conjugue.
É, antes eu poderia até descrever a sua programação, mas hoje não posso mais.
Não posso te mandar uma mensagem, nem te fazer uma ligação, pois, a mensagem não será respondida, a ligação não será atendida.
Talvez você retorne, talvez não.
Não posso mais me aproximar como antes, nem te tocar como antes.
O pronome de tratamento voltou ao normal, não sei mais te chamar pelo apelido.
Você não é mais o meu “pronome possessivo”, nem meu anjo, nem nada mais.
Não sei mais quem você é, ou quem se tornou, ou voltou a ser.
Talvez nossa amizade esteja se desfazendo Eu deveria ter te dado uma flor de plástico, e ela não iria se acabar igual o meu amor por você.
Antes eu não me via sem ti na minha vida, era impossível passar um dia sem te ver sorrir.
Hoje me sinto seca, vazia.
A culpa é minha, eu sei.
Me apego rápido, desapego aos poucos.
Mas se pararmos para pensar, a culpa pode ser tua também.
Um carro precisa de combustível para andar, e ninguém é amiga sozinha, eu não sustento nada sozinha.
E você foi sumindo aos poucos.
Não das minhas vistas, pois te vejo e te sinto a cada passo, mas sim de dentro de mim.
E quem se ausenta, minha querida, acaba sendo esquecida.
Mas eu resisto, luto com o meu próprio coração para não deixar te sair de mim, quer eu queira ou não, você me faz bem.
E eu Quem sabe te faça bem também ! E prossigo, persisto, cuidando de você sem nem perceber e me protegendo dessa tortura de manter me longe para não sofrer a cada passo que vejo você dar para trás.
Ando sonhando constantemente com tsunami, e dizem que todo sonho tem um significado.
Então meu inconsciente deve está me alertando que algo virá e levará a pessoa que eu mais amo, levará você.
E tento conter essa ansiedade pelo sofrimento, gosto de sofrer, ou não.
A ansiedade é para que a dor acabe, por que odeio te ver partir sem dizer adeus.
E a paixão que aumentava a cada dia se resumiu ao respeito.
Isso é realmente triste, é um desrespeito.
O meu defeito com certeza é ser sincera.
Deixe me explicar, li que em latim, a palavra sincera significa “sem cera”, ou seja, sem retoques, sem máscaras, sem ser o que não é.
Para você eu devo ser sincera.
Mas meu bem, entenda, dói muito ser para você uma “sem cera”.
Se isso é bom Não sei.
Diga me você!