No jardim de infância, fiz amizades que só são lembradas ao olhar fotos.
Até hoje levo algumas dentro dessa máquina pulsante que chamam de coração.
Não espero perder ou achar pessoas que estejam dispostas a me suportar, nem que seja por alguns segundos.
Em uma das minhas leituras vi que nunca podemos correr atrás das borboletas, mas sim preparar o jardim para que elas venham até nós.
Isso me fez pensar no quão as borboletas são contraídas, tímidas, medrosas e cheias de contrariedades.
Elas não ficam muito tempo perto de uma flor, nunca permanecem em um mesmo jardim.
Então, se as minhas borboletas decidem voar, eu deixo.
Se voltarem e escolherem o meu jardim, darei conforto e deixarei que decidam o tempo que quiserem ficar, mas prepararei meu coração para vê las partindo novamente.
Por em quanto, fico aqui regando as minhas flores, para que elas estejam lindas sempre.
Adoro pintá las em uma tela com cheiro de arte, observando as serem beijadas por novas borboletas, e sorrindo para as que vêm me visitar.