PRIMAVERA (soneto)
Ah! Chegou a estação da primavera
Quimera, com seu perfume multicor
Que sejamos tal.
Ah! Quem nos dera,
Assim desabrochar no botão do amor!
Pelo chão musgos, nos troncos a hera
Em cada haste, a prenda do Deus cultor
Traz à poesia cor.
O belo assim quisera,
E o afável em espera, cheiro acolhedor;
Cantam os pássaros, na doce aurora
O sol então suspira, e a vida ao dispor
Cada tempo, encanto, de hora em hora;
A qual a alma da terra gorjeia chão a fora.
Nasce a primavera e neste tenro andor:
As flores diversas, ornam a variada flora
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
23 de setembro, 2018
Domingo, Cerrado goiano