Há um ideal comum a todos, ideal que dispensa consumo de ideias: coisa em si materialíssima, que se chama ideal em virtude de tácita convenção, feita há cinco mil anos, de nos enganarmos uns aos outros, e cada qual a si.
Reparar, quando o coração repara mais que o juízo, é amar.
Amigos verdadeiros são os que nos acodem inopinados com valedora mão nas tormentas desfeitas.
O amor que enlouquece e permite que se abram intercadências de luz no espírito, para que a saudade rebrilhe na escuridão da demência, é incomparavelmente mais funesto que o amor fulminante.
Os raciocínios do amor próprio não gozam do crédito das melhores consequências.
Um verdadeiro amor é segunda inocência.
As ações de cada pessoa são boas ou más consoante a maneira como as outras as comentam.