Senta se em sua cadeira de arames e retalhos,
fechas os olhos com pesar
com intuito de sua tristeza escapar,
a quem você quer enganar
Não minta pra si mesma,
não diga que eu estou errado,
não feche os olhos
só pra parecer mais fácil.
Os ponteiros do relógio
apontados como flechas
sobre nossas cabeças,
o tempo nos condena,
não há como escapar
Uivos desertos, trêmulos incertos,
sobre a luz da noite
vagueiam por ai como insetos.
Nos devoram, nos condenam,
é o peso da carne sobre o medo e o arrependimento.
Olhares, bocejos,
é o peso da culpa sobre o insano desejo