Essa é uma tarefa praticamente impossível.
Sei que escondo muitas áreas de mim e que elas se reservam ao meu mundo particular.
Ninguém me conhece por inteiro: talvez por medo ou pela dor escondida que, para não ser mais lancinante ou até incurável eu a preservo.
Os sentimentos que se alojam em mim não são de conhecimento público: eles só solicitam abrigo em momentos mais difíceis e ali permanecem, geralmente sem transformações muito significativas.
Quem me conhece, vê a parte em que eu sorrio, que estou feliz pelos âmbitos que ainda conseguem caminhar bem, mas a que eu choro, verei somente comigo mesma, sem companhias externas a quem eu realmente sou.