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Arcise Câmara

Uma personalidade parcial
Aprendi a conviver bem, a respeitar os outros, a não me levar pelas aparências.
Eu não usava aliança no dedo, apesar de me sentir casada por inteira.
Ali ou acolá a inveja rondava, eram alfinetadas de todas as ordens de quem acreditava que eu fingia felicidade.
Segundo os plantonistas eu precisava de um pouco de vida social e ainda de tratamento psicológico por ter conquistado muitas coisas com facilidade, na opinião de muitos o meu jeito caloroso era apenas artificial.
O mundo é maldoso, julgador, preconceituoso, nem sempre eu dava de ombros, muitas vezes me incomodava saber que na opinião das pessoas eu ter casado com um executivo lindo de morrer não estava ao meu alcance, inalcançável ainda mais era ele me amar e sermos felizes.
A vida tomou os rumos de tudo o tempo todo, sofri por amor como qualquer pessoa, escolhi errado, até que me senti elogiada e amada, eu sei que é perigoso negligenciar um casamento com sucesso financeiro e posição social, mas na minha opinião amar e ser amada é sempre fácil.
Sou radicalmente contra o aborto, ele também, optamos por não ter filhos, ainda sou fértil biologicamente, mas minha cabeça entrou na menopausa há pelo menos cinco anos.
Choramos juntos quando a nossa relação precisa aliviar a tensão, não somos adeptos ao ciúme e podem falar que é falta de amor que não estamos nem aí.
As mais variadas situações pelas quais passamos conseguimos resolver de forma que ambos ficássemos satisfeitos
Estou aprendendo alguma coisa todos os dias, apoio, deixar pra lá o que os outros dizem, acalmar o coração, declarações mútuas de amor romântico, fraterno, familiar, individual, humanitário
Ele me conheceu e gostou de mim assim, ele sobreviveu aos meus defeitos, eu era dura em relação a mim mesma, ele me fez entender a preciosidade que era o meu ser como um todo.
Estar com ele é evaporar as horas.
Chego em casa com um ou outro presentinho, é fácil agradar quem te trata bem todos os dias, ele nunca teve vergonha de mim por estar acima do peso, eu nunca duvidei da minha capacidade de amar, ele sempre enxergou os seus defeitos e não os meus.
Ele é predominantemente mais bonito, mais educado, charmoso, boa conversa.
Ele é sempre meu ponto de partida para qualquer debate, ele não se importa se eu falo alto, eu jamais desistirei dele.
O amor é distorcido, os ensinamentos que nos passam é que eu preciso merecer, falta autoconfiança de que as coisas vão dar certo, ao seu lado nunca tive a sensação de vazio que me atormentava em outras relações.
Apesar da decepção rotineira de ambos, continuamos a nos amar infinitamente, apesar dos erros somos parcialmente em favor do outro, a afinidade que nos une é eterna.
Não somos de compras, achamos dignos viver a vida sem excessos, não hesitamos em apontar os erros para que a nossa relação não venha a ser um faz de conta, onde eu finjo que não me atinjo pelas imperfeições do outro, ou ainda, que finjo ser feliz.
Nosso amar não se trata apenas de uma questão emocional, é escolha, é decisão, é entrar na estrada para nunca mais voltar, é não conseguir se libertar por puro sentimento agradável.
Não seguimos posturas defensivas nem a tendência de se justificar culpando o outro, acho que nosso amor é um progresso científico.
Alguns têm pena de mim, tentam me maltratar com discurso de deslealdade, que a reação dele em ser maravilhoso é fruto de infidelidade, radicalizam que duas pessoas não possam se amar de verdade.
Hoje preciso de coisas que não precisava antes, hoje preciso de bens não compráveis, preciso de planos, de estar aberta em mim mesma, de não ser egoísta.
A rotina me equilibra, as fortes emoções me encantam, tenho vontade de ser boa para o mundo porque o mundo foi bom para mim, não que tudo seja perfeito, mas conseguimos controlar todos os obstáculos.

Eu pesava 84 kg (já pesei 86) e estou com 76 kg sem dieta e apenas 90% “fazendo a coisa certa” e 10% fazendo a coisa errada.
Mas vou transcrever em que consiste minhas conquistas contra a balança para atingimento do peso normal, diga se de passagem que eu já eliminei o nível obesidade grau 1 e estou no sobrepeso e daqui a pouco estarei com o peso normal, ou seja 64kg ou menos.
Várias coisas me fizeram tomar atitudes vou lista las abaixo:
Efeito sanfona: Ganhei duas estrias horrorosas que mais parecem cicatrizes de cirurgias de recuperação em acidente de trânsito e isso me deixou completamente fora de mim, porque apesar das minhas inúmeras celulites (covinhas charmosas), milagrosamente não tinha estrias.
Fazer dietas restritivas, cortar doces e outras delícias radicalmente, não usar o “coma moderadamente” e poucos dias depois matar o desejo comendo o triplo do que renunciei.
Conscientização pela minha irmã que eu era determinada para todas as coisas.
Conseguia e lutava por tudo que eu queria, salvo a determinação em emagrecer.
Ver um amigo recém engordado e não reconhecê lo de prontidão, gordo e irreconhecível, parar e pensar se ele era realmente ele, me fez refletir sobre a minha gordura, porque quando a gente engorda a gente se transforma e eu conheço vários casos de pessoas que fizeram cirurgia bariátrica e me falavam que as pessoas não as reconheciam e eu levei uns 3 minutos para ter certeza que ele era ele.
O mais determinante neste processo foi analisar o comportamento das pessoas magras e das pessoas gordas e eu me choquei vendo atitudes “horrendas” dos outros em mim mesma.
Observei que gordo come sem parar, a sensação para quem observa é de que a comida vai acabar, gordo não desfruta uma caixa de chocolate belga com validade até 2014 aos poucos, ele acaba a caixa na mesma hora, gordo quer tudo para ontem, faz uma reserva no estômago de comida como se fosse passar fome por meses.
Gordo só se contenta em parar de comer quando aquele bolo ou sorvete acabam e fica provando e comendo de 5 em 5 minutos até não ter mais nada.
Os magros comem devagar, conversam na mesa, não estão preocupados com o prato, se deliciam mais com o bom papo do que com a refeição, preferem um delicioso chocolate fino a uma caixa de bombons garoto.
Incorporei atividade física, jogar tênis de mesa, caminhar, pedalar, deixar de ir na padaria e no supermercado de carro, fazer compras em pequenas quantidades para trazer as sacolas carregadas por mim.
Comer verduras ou legumes em todas as refeições e frutas no café da manhã e lanches.
Comer tudo de 1, um pão com queijo, uma fatia de bolo, uma fatia de pizza, 1 copo de suco e me esforçar para não repetir (às vezes que repito e não consigo deixar de ser gulosa deixo de jantar).
Caso eu coma uma fatia de pão naquele dia não como mais pão de jeito nenhum.
Comer peixes, frutos do mar, carnes magras e pouco frango (tenho a impressão que todos os hormônio injetados nos frangos se transportam para o meu corpo).
Abolir rodízios de qualquer espécie.
Aprendendo a cozinhar: Cozinhar comidas saudáveis e transformá las em gostosuras é impagável.
Tomar um copo d’água a cada 1 hora e ter muito saco de ir ao banheiro toda hora para fazer xixi.
Incorporar arroz integral, farinha de trigo integral, pão integral, trocar o queijo por creme de cottage ou ricota, trocar o suco por água, deixar de tomar toddynho (trocar as calorias líquidas por sólidas), comer doces apenas em aniversários, não comprar doces para ficar no armário.
Como sou gulosa e quero sempre servir 4 dedos de bolo, pedir para a aniversariante me servir uma fatia fina e me contentar com ela.
Fazer um prato com proteína, carboidrato, legumunosa, verduras, grãos e azeite.
1 carboidrato é suficiente se eu faço questão do purê, não como arroz.
Não se culpar por vez ou outra meter o pé na jaca e não sentir culpa em comer, o importante é não exagerar mesmo que suas escolhas não sejam tão saudáveis.
Mas vale, uma fatia fina de bolo do que passar jejum e comer o dobro depois.
Descobri o quanto meu intestino funciona melhor quando eu como de 3 em 3 horas, o estômago fica trabalhando o tempo toda e não fica preguiçoso.
Espero que eu possa ter ajudado alguém e eu confesso que não estou em busca de perder peso e sim de eliminá los para sempre.