Frases.Tube

Arcise Câmara

Nenhum deles é melhor que o outro
Tenho quatro animais de estimação, uns são carentes demais, outros precisam de atenção, um se sente sozinho no mundo, outro é tão fofo que você ama de primeira.
Abri meu coração para os pets, chorei sua dor, desabafei em sua causa, fiz o bem a mim mesma e a eles (mais a mim).
Eu não fico atrelando sentimentos aos atos mais banais de dois gatos e dois cachorros, meu amor é forte, calmo, maduro, talvez o amor não devesse ser assim tão protetor, tão incondicional, talvez você esteja coberto de razão quando se tem animais a gente fica mais equilibrada, vê tudo com naturalidade, perde o limite das forças.
É impossível entender as mulheres que amam bichos, eles vêm em primeiro lugar, a gente fica de cara boa só por eles existirem, mesmo eu que já fiz de tudo nessa vida, eles não nos roubam a feminilidade, não faz nosso coração doer, não devasta nossa vida e nem se preocupam com a cor das suas unhas.
Eu quero um homem que os trate bem, os respeitem, um homem que não fica com fisionomia tensa toda vez que um deles chega perto, não me venha olhar meu bichos com ar de superioridade que tanto me irrita, não me venha com julgamentos que preciso de pets porque sou solteira e sem família.
Nada de cochichar que minha casa tem muitos pelos, nada de olhar a casa com aquele olhar inquisidor de poderia ser mais clean, não volto atrás, quando se ama de verdade não se volta atrás.
Meu bichos não são robotizado ou estereotipados, são agradáveis em quaisquer circunstâncias, quando saio de casa sempre me deparo com a falta de noticias que acaba sendo um sinal de que nada grave aconteceu e que eles estão bem.
Deslembro da era antes de bichos, não sinto culpa em tê los adotados por mais que alguns pretendentes queiram que eu escolha entre eles e os bichinhos, nada era tão bom sem eles, também não tenho arrependimento algum, aliás no topo da minha lista de exigências está um homem que ama e respeita os animais.
Que várias pessoas me ouçam, eu odeio aquele carinha de “odeio gatos, amo cachorros”, odeio aquelas atitudes que a pessoa já vai pedindo perdão porque detesta animais, odeio ouvir as entrelinhas de que meus bichos não são meus filhos, que os dou mais atenção que eles merecem.
Coitada! Nunca está satisfeita, adotou um, depois o segundo, levou o terceiro para casa e agora com quatro, é o que dizem alguns, outros dizendo que curo minhas amarguras com bichos.
Eu me sinto tão bem resolvida para ouvir esses discursos que associam amar pets com carência.
Discordo, mas fazer o quê, cada um pensa como quer, eu que não vou gastar meu precioso tempo explicando sentimentos.
Aliás como disse aí em cima sou uma moça muito equilibrada.
Tenho mil reclamações e queixas de como é complicado viver com pets, são xixis e cocôs fora do lugar, são passeios diários matutinos e vespertinos quando às vezes estamos sem um pingo de vontade, brigas entre eles, mas nunca reavaliei minhas escolhas porque o amor que sinto por ele faz com que eu supere suas imperfeições e eu supero a minha preguiça em amá los de vez em quando.
Sou mãe de bichos nos moldes tradicionais, eles não tem roupinhas no calor infernal de minha cidade seria um sacrilégio, eles não usam frufrus, a criação é na base da ração, carinho, amor, caixa de areia e higienização, hora do banho é hora de careta, eu fico até descrente, pois um dos meus gatinhos ama banho.
Com eles os dias não são todos iguais, preciso sair correndo para comprar a ração que acabou, preciso ensiná los a ficar de boca fechada para não incomodar os vizinhos, sei adivinhar pensamentos do que eles querem e necessitam, astral murcho com eles não existe mais.
Tudo preenche, tudo se resolve.
O saguão do prédio fica cheio de crianças apinhadas para acariciá los, perco preciosos minutos conversando com estranhos que elogiam meus dois cachorros sem raça definida, não há um único dia que eu não pense ou me preocupe com eles, para mim eles estão sempre bonitos, são sempre simpáticos e cada dia isso me atrai.
Os bichinhos nos ajudam a enfrentar sofrimentos e tentar manter nossa vida de pé, são bem apessoados em serem ombros amigos, cabe a eles sentir que não estamos bem quando ninguém notou, cabe a eles me acordar com miados e latidos quando a preguiça nos dominou.
Todos têm lugares únicos em meu coração e não há preferência.

Eu pesava 84 kg (já pesei 86) e estou com 76 kg sem dieta e apenas 90% “fazendo a coisa certa” e 10% fazendo a coisa errada.
Mas vou transcrever em que consiste minhas conquistas contra a balança para atingimento do peso normal, diga se de passagem que eu já eliminei o nível obesidade grau 1 e estou no sobrepeso e daqui a pouco estarei com o peso normal, ou seja 64kg ou menos.
Várias coisas me fizeram tomar atitudes vou lista las abaixo:
Efeito sanfona: Ganhei duas estrias horrorosas que mais parecem cicatrizes de cirurgias de recuperação em acidente de trânsito e isso me deixou completamente fora de mim, porque apesar das minhas inúmeras celulites (covinhas charmosas), milagrosamente não tinha estrias.
Fazer dietas restritivas, cortar doces e outras delícias radicalmente, não usar o “coma moderadamente” e poucos dias depois matar o desejo comendo o triplo do que renunciei.
Conscientização pela minha irmã que eu era determinada para todas as coisas.
Conseguia e lutava por tudo que eu queria, salvo a determinação em emagrecer.
Ver um amigo recém engordado e não reconhecê lo de prontidão, gordo e irreconhecível, parar e pensar se ele era realmente ele, me fez refletir sobre a minha gordura, porque quando a gente engorda a gente se transforma e eu conheço vários casos de pessoas que fizeram cirurgia bariátrica e me falavam que as pessoas não as reconheciam e eu levei uns 3 minutos para ter certeza que ele era ele.
O mais determinante neste processo foi analisar o comportamento das pessoas magras e das pessoas gordas e eu me choquei vendo atitudes “horrendas” dos outros em mim mesma.
Observei que gordo come sem parar, a sensação para quem observa é de que a comida vai acabar, gordo não desfruta uma caixa de chocolate belga com validade até 2014 aos poucos, ele acaba a caixa na mesma hora, gordo quer tudo para ontem, faz uma reserva no estômago de comida como se fosse passar fome por meses.
Gordo só se contenta em parar de comer quando aquele bolo ou sorvete acabam e fica provando e comendo de 5 em 5 minutos até não ter mais nada.
Os magros comem devagar, conversam na mesa, não estão preocupados com o prato, se deliciam mais com o bom papo do que com a refeição, preferem um delicioso chocolate fino a uma caixa de bombons garoto.
Incorporei atividade física, jogar tênis de mesa, caminhar, pedalar, deixar de ir na padaria e no supermercado de carro, fazer compras em pequenas quantidades para trazer as sacolas carregadas por mim.
Comer verduras ou legumes em todas as refeições e frutas no café da manhã e lanches.
Comer tudo de 1, um pão com queijo, uma fatia de bolo, uma fatia de pizza, 1 copo de suco e me esforçar para não repetir (às vezes que repito e não consigo deixar de ser gulosa deixo de jantar).
Caso eu coma uma fatia de pão naquele dia não como mais pão de jeito nenhum.
Comer peixes, frutos do mar, carnes magras e pouco frango (tenho a impressão que todos os hormônio injetados nos frangos se transportam para o meu corpo).
Abolir rodízios de qualquer espécie.
Aprendendo a cozinhar: Cozinhar comidas saudáveis e transformá las em gostosuras é impagável.
Tomar um copo d’água a cada 1 hora e ter muito saco de ir ao banheiro toda hora para fazer xixi.
Incorporar arroz integral, farinha de trigo integral, pão integral, trocar o queijo por creme de cottage ou ricota, trocar o suco por água, deixar de tomar toddynho (trocar as calorias líquidas por sólidas), comer doces apenas em aniversários, não comprar doces para ficar no armário.
Como sou gulosa e quero sempre servir 4 dedos de bolo, pedir para a aniversariante me servir uma fatia fina e me contentar com ela.
Fazer um prato com proteína, carboidrato, legumunosa, verduras, grãos e azeite.
1 carboidrato é suficiente se eu faço questão do purê, não como arroz.
Não se culpar por vez ou outra meter o pé na jaca e não sentir culpa em comer, o importante é não exagerar mesmo que suas escolhas não sejam tão saudáveis.
Mas vale, uma fatia fina de bolo do que passar jejum e comer o dobro depois.
Descobri o quanto meu intestino funciona melhor quando eu como de 3 em 3 horas, o estômago fica trabalhando o tempo toda e não fica preguiçoso.
Espero que eu possa ter ajudado alguém e eu confesso que não estou em busca de perder peso e sim de eliminá los para sempre.