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Arcise Câmara

Em outra situação mais normal e menos romântica eu teria percebido o desinteresse.
A vida vale a pena ser vivida, ela me dá o que preciso, amor romântico não alimenta muito a minha felicidade, sou feliz na solidão.
Lá vai o meu eu superior falar da capacidade de amar.
Simplesmente aprendi a agradecer o que tenho, ser grata a minha mãe, que é a pessoa mais legal que alguém pode conhecer, ser grata ao universo.
A relação não é abusiva, nunca foi, eu tenho medo de mudança drástica, porém acredito que respeito deve ser preservado sempre, não há nada menos sexy do que excesso de confiança e eu sou assim.
Tento me perdoar no dia a dia, encho as mãos de alegria para perceber que me sinto completada sem par.
Tudo está dando errado, não tenho mais esperanças, só transo com quem namoro, então vou deixando pra lá, aliás esse deixar pra lá me completa e afronta o senso comum.
Quando estou com raiva, deixo claro, não sou do “tá tudo bem”, não vou agradar por medo de perder, me sinto igual a todo mundo.
Por vezes destruí a autoestima dele, mas eu estou restabelecendo a.
Troco tudo que não me faz bem, quando o medo me consome é o momento de avaliar se isso é uma fase ou se se tornou a dinâmica dominante do relacionamento.
Sou bastante amor, vivo essa epidemia, não é amor romântico, é amor concreto aquilo que prego sempre sem perder a coragem.
Olho para dentro de mim sem pensar no altar.
Sou engraçada! Eu fingia que a reciproca era verdadeira, queria entender muita coisa, qualquer pessoa com quem você tenha um relacionamento íntimo te leva a querer compreendê lo.
Não vendo o amor eterno, ele andava estranho ultimamente, eu me sentia um laboratório de sensações, eu estava perdendo todo mundo com minha rigidez, levaria algum tempo para que as coisas voltassem a parecer bem, demorei a perceber que precisava ser flexível.
Não estava procurando os porquês da rejeição, eu também o rejeitei, estava atrás de entender o que era dito em palavras, gestos e atos.
Quero olhar o amor e entendê lo como uma convivência não monótona.

Eu pesava 84 kg (já pesei 86) e estou com 76 kg sem dieta e apenas 90% “fazendo a coisa certa” e 10% fazendo a coisa errada.
Mas vou transcrever em que consiste minhas conquistas contra a balança para atingimento do peso normal, diga se de passagem que eu já eliminei o nível obesidade grau 1 e estou no sobrepeso e daqui a pouco estarei com o peso normal, ou seja 64kg ou menos.
Várias coisas me fizeram tomar atitudes vou lista las abaixo:
Efeito sanfona: Ganhei duas estrias horrorosas que mais parecem cicatrizes de cirurgias de recuperação em acidente de trânsito e isso me deixou completamente fora de mim, porque apesar das minhas inúmeras celulites (covinhas charmosas), milagrosamente não tinha estrias.
Fazer dietas restritivas, cortar doces e outras delícias radicalmente, não usar o “coma moderadamente” e poucos dias depois matar o desejo comendo o triplo do que renunciei.
Conscientização pela minha irmã que eu era determinada para todas as coisas.
Conseguia e lutava por tudo que eu queria, salvo a determinação em emagrecer.
Ver um amigo recém engordado e não reconhecê lo de prontidão, gordo e irreconhecível, parar e pensar se ele era realmente ele, me fez refletir sobre a minha gordura, porque quando a gente engorda a gente se transforma e eu conheço vários casos de pessoas que fizeram cirurgia bariátrica e me falavam que as pessoas não as reconheciam e eu levei uns 3 minutos para ter certeza que ele era ele.
O mais determinante neste processo foi analisar o comportamento das pessoas magras e das pessoas gordas e eu me choquei vendo atitudes “horrendas” dos outros em mim mesma.
Observei que gordo come sem parar, a sensação para quem observa é de que a comida vai acabar, gordo não desfruta uma caixa de chocolate belga com validade até 2014 aos poucos, ele acaba a caixa na mesma hora, gordo quer tudo para ontem, faz uma reserva no estômago de comida como se fosse passar fome por meses.
Gordo só se contenta em parar de comer quando aquele bolo ou sorvete acabam e fica provando e comendo de 5 em 5 minutos até não ter mais nada.
Os magros comem devagar, conversam na mesa, não estão preocupados com o prato, se deliciam mais com o bom papo do que com a refeição, preferem um delicioso chocolate fino a uma caixa de bombons garoto.
Incorporei atividade física, jogar tênis de mesa, caminhar, pedalar, deixar de ir na padaria e no supermercado de carro, fazer compras em pequenas quantidades para trazer as sacolas carregadas por mim.
Comer verduras ou legumes em todas as refeições e frutas no café da manhã e lanches.
Comer tudo de 1, um pão com queijo, uma fatia de bolo, uma fatia de pizza, 1 copo de suco e me esforçar para não repetir (às vezes que repito e não consigo deixar de ser gulosa deixo de jantar).
Caso eu coma uma fatia de pão naquele dia não como mais pão de jeito nenhum.
Comer peixes, frutos do mar, carnes magras e pouco frango (tenho a impressão que todos os hormônio injetados nos frangos se transportam para o meu corpo).
Abolir rodízios de qualquer espécie.
Aprendendo a cozinhar: Cozinhar comidas saudáveis e transformá las em gostosuras é impagável.
Tomar um copo d’água a cada 1 hora e ter muito saco de ir ao banheiro toda hora para fazer xixi.
Incorporar arroz integral, farinha de trigo integral, pão integral, trocar o queijo por creme de cottage ou ricota, trocar o suco por água, deixar de tomar toddynho (trocar as calorias líquidas por sólidas), comer doces apenas em aniversários, não comprar doces para ficar no armário.
Como sou gulosa e quero sempre servir 4 dedos de bolo, pedir para a aniversariante me servir uma fatia fina e me contentar com ela.
Fazer um prato com proteína, carboidrato, legumunosa, verduras, grãos e azeite.
1 carboidrato é suficiente se eu faço questão do purê, não como arroz.
Não se culpar por vez ou outra meter o pé na jaca e não sentir culpa em comer, o importante é não exagerar mesmo que suas escolhas não sejam tão saudáveis.
Mas vale, uma fatia fina de bolo do que passar jejum e comer o dobro depois.
Descobri o quanto meu intestino funciona melhor quando eu como de 3 em 3 horas, o estômago fica trabalhando o tempo toda e não fica preguiçoso.
Espero que eu possa ter ajudado alguém e eu confesso que não estou em busca de perder peso e sim de eliminá los para sempre.