Sou Caipira
Sou pé na terra
poeta na estrada
mineiro da serra
e sua esplanada
Eu vim do cheiro do cerrado
fogão de lenha, teto esfumaçado
lamparina, sem forro o telhado
chão batido, manhãs com mugido do gado.
Cresci no curral, junto de peão
viola, causos, anedota e mentira
nutrindo a inocente imaginação
sem que o tempo a aluíra
Sou araguarino, menino, alma cuíra Caipira!
© Luciano Spagnol
25, 2010, julho
09'08"